Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Nátali Artal Padovani |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-20052019-195634/
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Resumo: |
Introdução: As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) estão entre as principais causas de morte e aumento de estados de morbidez em doentes hospitalizados. Os recém-nascidos são suscetíveis a infecção, pois seus mecanismos de defesa ainda não estão maduros e ocupam um ambiente em que antibióticos e procedimentos invasivos são freqüentes. As mãos são consideradas as principais vias de disseminação de IRAS e a eficaz higienização é a medida importante para evitar as infecções. A capacitação e educação permanente dos profissionais de saúde são ferramentas essenciais para a construção de resultados positivos e o ambiente simulada desponta como estratégia pedagógica. Objetivo: Avaliar a efetividade de uma intervenção educativa em cenário simulado no aumento da adesão à higiene das mãos pela equipe de enfermagem e na redução das IRAS em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Método: Estudo quase-experimental, com abordagem quantitativa, que incluiu todos os profissionais de enfermagem da UTIN de um hospital universitário terciário no interior paulista. A pesquisa foi aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa e desenvolvida em três etapas, incluindo a avaliação da adesão à higienização das mãos conforme os cinco momentos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), antes e após intervenção educativa em cenário simulado com casos clínicos contextualizados com a realidade do serviço. As taxas de IRAS foram computadas em uma série histórica de 35 meses, sendo apenas o último mês no pós intervenção. Os dados foram analisados pelo programa STATA, com uso de estatística descritiva. Resultados: Na etapa pré intervenção, os profissionais realizaram a higiene das mãos em 41,2% das vezes, valor que aumentou após a simulação para 59,7% de ações realizadas conforme indicação. A técnica executada para higiene das mãos aumentou de 76,6% para 85,2% de conformidade após intervenção. A higiene das unhas e extremidades ainda é a maior fragilidade dos participantes na execução da técnica. Todas as categorias profissionais tiveram aumento entre 17 a 19% na adesão à higienização das mãos, com significância estatística na comparação pré e pós intervenção: p<0,001 para enfermeiros e técnicos de enfermagem; p=0,005 para auxiliares de enfermagem. Na análise da higiene das mãos, em três dentre os cinco momentos recomendados pela OMS as médias de adesão aumentaram significativamente, sendo antes (p<0,001) e após (p=0,008) o contato com o RN e após o contato com superfícies (p<0,001). As médias de adesão antes do procedimento asséptico (de 57,6% para 72,7%) e após exposição a fluídos (de 77,3% para 95,5%) aumentaram, apesar de não haver significância estatística. A taxa de IRAS no mês subsequente a intervenção (8,5%) não decresceu em comparação ao mês anterior a intervenção (7,8%), sendo que tais taxas foram relativamente inferiores em 19 dos 35 meses de coleta. Conclusão: Confirma-se a hipótese primária que a taxa de adesão à higiene das mãos pela equipe de enfermagem aumentou após a intervenção educativa em cenário simulado, em comparação com a taxa antes da intervenção, todavia, rejeitase a hipótese secundária, pois a taxa de IRAS não reduziu no mês subseqüente a intervenção educativa, em comparação com a taxa no mês pré intervenção |