Impacto de estratégias nutricionais no custo do manejo dos dejetos de suínos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Afonso, Esther Ramalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-31082015-165733/
Resumo: O estudo tem como objetivo propor método de avaliação de efeito econômico do manejo dos dejetos com a utilização de diferentes estratégias nutricionais de suínos em crescimento e terminação. Especificamente, procura-se: i) Calcular as margens de comercialização para as diferentes estratégias nutricionais; ii)Avaliar o efeito econômico das diferentes estratégias nutricionais na excreção e aproveitamento de nutrientes pelos animais; iii) Valorar o consumo de água dos animais; iv) Valorar os dejetos gerados pelos suínos em relação ao seu potencial uso como fertilizante orgânico; v) Avaliar o impacto de cada estratégia nutricional sobre o custo do armazenamento (esterqueira) e uso dos dejetos, e sobre o seu tratamento por biodigestor e posterior utilização; vi) Avaliar a viabilidade econômica dos diferentes sistemas nutricionais e posterior utilização dos dejetos como fertilizante orgânico após tratamento por biodigestor e esterqueira. Os tratamentos a partir dos quais os dados foram obtidos são: T1: Dieta com nível alto de proteína bruta e suplementação mínima de aminoácidos (Dieta Controle); T2: T1 com redução do nível de proteína bruta, mediante a suplementação de lisina, metionina, treonina e triptofano industriais, considerando o conceito de proteína ideal; T3: T1 com a inclusão de 0, 010 (%/kg de dieta) fitase e redução dos teores de cálcio e fósforo da dieta; T4: T1 com a suplementação de 40% de minerais orgânicos (Cu, Zn e Mn) e 50% de minerais inorgânicos; T5: T1 combinando os tratamentos descritos anteriormente. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o pacote computacional SAS, com nível de significância de 5%. As características de desempenho zootécnico, peso médio, consumo médio de ração, ganho médio de peso e conversão alimentar e as margens de comercialização não apresentaram diferenças significativas nos diferentes tratamentos e períodos. Os tratamentos T4 e T5 apresentaram melhor eficiência na utilização de nutriente e menor excreção dos nutrientes.Os tratamentos T5 e T4 apresentaram menor consumo e menor custo na valoração da água. A valoração dos dejetos foi favorável ao T1 com maior quantidade de NPK. Os tratamentos ambientalmente mais eficientes apresentaram menores custos na construção da esterqueira e biodigestor em ambos os materiais, PVC e PEAD; os mesmos tratamentos apresentaram menor potencial fertilizante; o caminhão com tanque de 15t apresentou menores custos no transporte e distribuição dos dejetos. Em todos os cenários avaliados dos diferentes sistemas nutricionais e posterior utilização dos dejetos como fertilizante orgânico após tratamento por biodigestor e esterqueira foram viáveis economicamente com payback de um ano. Os métodos ambientais propostos se mostraram válidos, pois foram capazes de identificar que dietas com maior aporte tecnológico apresentaram vantagens frente à dieta controle, entretanto economicamente o T1 apresentou maior quantidade na produção e consequente valoração de NPK.