Efeito da irradiação consecutiva e simultânea dos comprimentos de onda 660nm e 808nm, emitido com laser de baixa intensidade, sobre o estresse oxidativo de fibroblastos gengivais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Anaeliza Figueiredo dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23154/tde-25082021-155003/
Resumo: A utilização dos lasers de baixa intensidade, com seus diferentes parâmetros de aplicação, é ampla na Odontologia e em outras áreas da saúde. A fotobiomodulação (FBM) é caracterizada por induzir analgesia, reparo tecidual e modulação da inflamação. Há hipóteses de que a FBM apresenta um padrão de dose bifásica, ou seja, exposições radiantes mais fracas ou mais fortes podem apresentar efeito estimulatório ou inibitório, respectivamente. Não se sabe se essa hipótese se aplica à irradiação consecutiva ou simultânea com dois comprimentos de onda diferentes. O objetivo desse estudo foi avaliar a viabilidade celular, a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e a atividade de enzimas antioxidantes de fibroblastos gengivais expostos a fotobiomodulação com emissão consecutiva e simultânea de luz nos comprimentos de onda de 660nm e 808nm. Foi utilizado um laser de diodo semicondutor de arseneto de gálio e alumínio e alumínio-gálio-índio-fósforo (GaAlAs/ InGaAIP) operando nos comprimentos de onda vermelho (660nm) e infravermelho (808nm), com potência fixa em 100mW e uma área fixa do spot de 0,09 cm2 . Foram estabelecidos os seguintes grupos experimentais: a) Grupo controle - sem tratamento; b) Grupo 660nm - fibroblastos irradiados com 660nm; c) Grupo 808nm - fibroblastos irradiados com 808nm; d) Grupo Consecutivo - fibroblastos irradiados com 660nm e, imediatamente após, com 808nm; e d) Grupo Simultâneo - fibroblastos irradiados com 660nm e 808nm emitidos pelo mesmo spot e ao mesmo tempo. Em todos os grupos, foi mantida fixa a potência em 100mW e variou-se o tempo de irradiação, adotando-se três subgrupos: 6s, 10s e 20s. Testou-se a viabilidade celular em todos os grupos experimentais por meio do ensaio MTS e a produção das espécies reativas de oxigênio (EROs) por ensaio de fluorescência. Também foi realizada a quantificação das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT) em todos os grupos experimentais. O tempo de 20s acarretou inibição significativa da viabilidade celular quando 660nm e 808nm foram utilizados isoladamente. No entanto, quando a irradiação foi consecutiva ou simultânea, houve certa tendência de maior crescimento celular no tempo de 20s, ainda que discreta e sem diferenças significativas. Em todas as situações experimentais, a produção de EROs foi menor do que o controle; exceção foi no tempo de 20s na irradiação simultânea, quando a produção de EROs foi significativamente maior. A atividade de enzimas antioxidantes também foi menor do que no controle na maioria das situações experimentais; somente o grupo simultâneo com 20s exibiu produção maior de SOD, mas sem diferenças significativas. A hipótese inicial de que maiores exposições radiantes gerariam efeito inibitório comprovou-se pela análise de viabilidade celular somente quando as irradiações foram realizadas isoladamente e no tempo de 20s, gerando uma exposição radiante maior. Contudo, quando os comprimentos de ondas foram entregues consecutiva ou simultaneamente, os tempos mais prolongados de irradiação não acarretaram efeito inibitório. A inibição da viabilidade celular não foi por excesso de estresse oxidativo nas irradiações isoladas; na irradiação simultânea, o maior estresse oxidativo não acarretou inibição da viabilidade celular. Concluiu-se que a fotobiomodulação exercida por 660nm e 808nm aplicados isoladamente é diferente quando ambos são utilizados de forma consecutiva e simultânea, tanto em termos de viabilidade celular quanto de estresse oxidativo. O estresse oxidativo induzido não foi suficiente para acarretar redução da viabilidade celular.