Verbovisualidade Adinkra: reflexões sobre Estética, Política e Arte Educação.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, Adriana Amaral dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27160/tde-18072024-143020/
Resumo: A pesquisa apresenta uma abordagem teórica de análise estético-política dos ideogramas Adinkra, sistema de escrita presente na estamparia africana dos povos Akan, e sua significativa presença no contexto afrodiaspórico. Visa contribuir para uma educação antirracista ao tensionar a estrutura colonizadora dos conteúdos curriculares na formação de professores/as e arte-educadores/as, pautando as relações étnico-raciais como ponto crucial para a insurgência de políticas antirracistas que atuem na estrutura dos espaços formadores de educação. A dimensão estéticopolítica parte do posicionamento crítico frente ao apagamento histórico das epistemologias africanas e, no que tange ao objeto de pesquisa, da produção artística e cultural que nos é imposta nos diferentes segmentos da sociedade. É de extrema urgência lançarmos um olhar crítico e cuidadoso para esse contexto dentro das diferentes instâncias sociopolíticas. A análise está estruturada no levantamento bibliográfico de autoras e autores que atuam a partir de perspectivas de estudo no campo das epistemologias africanas, entre eles destacam-se: Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva (2007), Elisa Larkin Nascimento (2008), bell hooks (2017), Grada Kilomba (2019), Achille Mbembe (2018), W. Bruce Willis (1998) e G. F. Kojo Arthur (2017), contribuindo para fundamentar o contexto histórico e o posicionamento estético-político acerca de uma formação comprometida em assegurar o exercício das leis 10.639/03 e 11.645/08, que dispõem sobre a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana, indígena e afro-brasileira na educação. As ações pedagógicas realizadas, que motivaram inicialmente a pesquisa, abordam importantes reflexões sobre os espaços de disputa de identidades e de cidadania que abarcam os processos formativos estruturados na base curricular, mas que também são institucionalizados pelo Estado e compõem o imaginário coletivo da sociedade em torno do racismo. A pesquisa também apresenta os moveres que as minhas inquietações possibilitaram em torno dos conteúdos estético-políticos que se manifestam nos Adinkra e como os conceitos de escrita, linguagem e verbovisualidade são construídos a partir de uma perspectiva afrorreferenciada, considerando seu contexto histórico e as relações de diáspora com o território afro-brasileiro.