Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Moccellin, Juliana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18138/tde-27042006-105343/
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Resumo: |
Os recursos hídricos são considerados bem comum e, por isso, devem ser geridos de forma integrada; garantindo, assim, aproveitamento otimizado com mínimo de conflitos. O objetivo deste trabalho foi estudar o comportamento de variáveis limnológicas na microbacia do rio Jacupiranguinha (município de Cajati SP, Baixo Ribeira de Iguape), em quatro períodos hidrológicos distintos, com base nas teorias ecológicas de ecossistemas fluviais. As coletas foram realizadas em janeiro (verão), abril (outono), julho (inverno) e setembro (primavera) em onze pontos, no eixo longitudinal do rio Jacupiranguinha, com alguns abrangendo locais após lançamentos de efluentes de indústrias e esgoto doméstico, um ponto no rio Guaraú e um ponto no rio Jacupiranga. Levando-se em conta a sazonalidade a maior precipitação ocorreu em janeiro (305 mm), como era esperado, seguida pelas de setembro (266 mm), julho (119 mm) e abril (115 mm). Vazão e velocidade de escoamento tiveram relação direta com a precipitação e a vazão aumentou de montante à jusante, devido à contribuição de efluentes. A devastação da mata ciliar ocasionou incidência uniforme de radiação solar em todo o eixo longitudinal do rio Jacupiranguinha, além de facilitar a entrada de sólidos suspensos para o rio, principalmente no período chuvoso. Este rio recebe efluentes domésticos e de uma indústria de fertilizantes, que gera uma descontinuidade de fluxo de seus nutrientes da cabeceira à foz. Altos valores de condutividade, e dos compostos de fósforo a partir da entrada do efluente da indústria de fertilizantes indicam que ele muda as características do rio nos pontos à jusante deste e, por isso, é possível dividir o eixo longitudinal do rio Jacupiranguinha em duas regiões. A análise do sedimento revelou maiores concentrações de nitrogênio total no mês de setembro, provavelmente devido à entrada de carga alóctone ocasionada pelas chuvas e maiores concentrações de fósforo total foram obtidas no período seco. A comunidade bentônica apresentou variação temporal, provavelmente, devido a fatores hidráulicos, como vazão e velocidade de escoamento. O aumento da riqueza e diversidade no período de chuvas, provavelmente ocorreram em função do revolvimento do substrato que, neste período era composto por partículas mais finas. A baixa riqueza e diversidade de espécies encontradas no rio Jacupiranguinha nos demais períodos indica comprometimento da qualidade da água neste sistema |