Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Costa, Thaís Virgínia Moura Machado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5144/tde-11022020-160027/
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Resumo: |
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma síndrome comportamental comum que se inicia na infância e afeta aproximadamente 5,3% de crianças em todo o mundo. Devido à sua complexidade etiológica, até o momento não foram encontrados marcadores biológicos consistentes para o TDAH. Entretanto, a alta herdabilidade que o transtorno apresenta indica uma forte influência de fatores genéticos. Estudos recentes têm apontado para o envolvimento de processos epigenéticos na etiologia do TDAH. Um dos principais mecanismos epigenéticos é a metilação do DNA, que geralmente está relacionada ao silenciamento transcricional de genes em ilhas CpGs, as quais podem estar associadas aos promotores gênicos, aos corpos dos genes e às regiões 5\' e 3\' UTRs (untranslated regions). Desta forma, investigamos se as alterações genéticas do TDAH podem estar relacionadas à metilação do DNA através da construção de perfis de metilação de DNA do sangue periférico. Neste trabalho, recrutamos indivíduos (n=29) entre 06 e 14 anos de idade com diagnóstico clínico de TDAH para participar do estudo. O recrutamento foi realizado no Núcleo de Atendimento Neuropsicológico Infantil Interdisciplinar (NANI), da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Crianças de 06 a 11 anos (n=11) com diagnóstico clínico negativo para o TDAH também foram selecionados para o estudo como controles. Amostras de sangue periférico de indivíduos com e sem TDAH foram coletadas para a extração de DNA linfocitário e posterior realização das técnicas de array de metilação, array de SNPs e MLPA de metilação. Os dados obtidos dos arrays de metilação foram tratados e analisados utilizando-se pacotes específicos no R. Os arrays de SNPs foram analisados no BlueFuse. Já os dados dos MLPAs de metilação foram analisados no GeneMarker. Dentre os resultados, podemos destacar a via \"Dopaminergic synapse\" como um achado importante obtido pelo enriquecimento realizado com base nas análises comparativas dos arrays de metilação entre os grupos TDAH e Controle. Tal achado corrobora com outros estudos cujas evidências indicam forte associação genética entre vias dopaminérgicas e o TDAH. Desta maneira, torna-se fundamental a realização de novos estudos epigenéticos para nos permitir uma melhor compreensão do papel da metilação do DNA na etiologia do TDAH |