Biosseguridade em rebanhos leiteiros integrada a um programa de controle para a Diarreia Viral Bovina (BVDV) e Herpesvirus bovino tipo -1 (BoHV-1)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ferreira, Janaína Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-06122023-175053/
Resumo: A biosseguridade é o conjunto de práticas em um sistema de produção a fim de prevenir e/ou controlar a entrada, disseminação e saída de agentes biológicos nocivos. O objetivo geral deste estudo foi levantar práticas de biosseguridade e associá-las de acordo com o tamanho dos sistemas de produção. Para isso, aplicou- se um formulário de avaliação de risco biológico em 69 propriedades da região de Campos Gerais no Paraná. O questionário era dividido em duas seções: geral e específico sobre os vírus BVDV e BoHV-1. A seção geral contempla tópicos sobre controle de tráfego, quarentena e isolamento animal, práticas de higiene, descarte de carcaças e monitoramento/controle. A seção específica é composta por perguntas acerca fatores reprodutivos, respiratórios, uso de antimicrobianos e calendário vacinal. As 69 propriedades foram classificadas em pequenas (≤ 61), médias (de 62 a 201) e grandes (≥ 202 vacas em lactação). Neste estudo foram avaliados bovinos da raça Holandesa que apresentavam em média 183 vacas em lactação que produziam 31 litros/dia e apresentavam uma média da contagem de células somáticas de 218.000 células/ml e 197 dias em lactação. A produção diária total dos rebanhos foi 459.447 ± 1.147 litros de leite. Foi determinado uma pontuação (0-10) para cada questão e determinado o grau de biosseguridade, classificando em alto (≥290 pontos), médio (231 a 289 pontos) ou baixo (≤230 pontos). Nas propriedades pequenas a pontuação variou de 150-320 pontos, nas propriedades médias de 200-350 e nas grandes de 210-340 pontos. A média geral do escore de risco biológico dos rebanhos obtido em nosso estudo foi de 263 pontos, variando de 150-350 pontos. Os principais fatores de risco e variabilidade observados estavam relacionados ao controle de tráfego de pessoas, animais e veículos/equipamentos; quarentena/isolamento animal e práticas de higiene. A partir do MCA foi possível notar que propriedades de pequeno porte estavam comumente associadas a ausência de medidas de biosseguridade como aquelas relacionadas ao controle de tráfego, quarentena animal e higiene. Em propriedades de médias verificou-se contato de animais bovinos de diferentes idades e dificuldade no isolamento de animais como alguns dos principais fatores de risco. Já em propriedades grandes, o isolamento de animais doentes ocorria facilmente, mas a compra de animais bovinos também era um potencial fator de risco. Esses resultados auxiliam a compreensão da relação da biosseguridade com o tamanho das propriedades contribuindo para elaboração assertiva de planos de biosseguridade ao considerar tal característica.