Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Kira, Carmen Silvia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-22092014-151937/
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Resumo: |
O aumento da emissão de poluentes no meio ambiente tem gerado preocupação com a exposição humana a esses contaminantes, refletindo-se no aumento significativo de pesquisas envolvendo biomonitorizações. De modo geral, o método mais apropriado para interpretar resultados de biomonitorização é descrever tendências ou distribuições dos valores observados na população, e compará-los com uma população de referência, utilizando os valores de referência (VR). Porém, muitos países, incluindo o Brasil, ainda não têm disponíveis valores de referência de base populacional. Dessa forma, para a interpretação dos resultados obtidos em estudos de biomonitorização no Brasil, comumente são utilizados valores preconizados na literatura internacional, que não refletem a realidade da nossa população dificultando o diagnóstico e a solução do problema. O objetivo deste estudo foi derivar valores de referência para chumbo, cádmio, mercúrio e níquel em sangue de crianças e adultos sadios, sem exposição ocupacional a esses metais, residentes no município de São Paulo. Amostras de sangue de 786 adultos (14 a 70 anos) e 538 crianças (6 a 13 anos) foram coletadas entre 2007 e 2008. Questionários foram aplicados para se obter informação a respeito de variáveis que poderiam influenciar os níveis dos metais estudados no sangue. Os valores de referência foram estabelecidos considerando o limite superior do intervalo de confiança a 95% para o percentil 95 da distribuição dos dados obtidos para cada metal. Os VR derivados por faixa etária e gênero para chumbo foram: 32,6 e 42,3 µg/L para o grupo masculino abaixo de 11 anos e acima de 20 anos, respectivamente, no grupo feminino nas mesmas faixas etárias os VR derivados foram 26,2 e 31,1 µg/L. Para cádmio os VR foram de 0,42 e 0,62 µg/L para homens e para mulheres os VR foram 0,19 e 0,56 µg/L, para a mesma faixa etária mencionada. No caso do mercúrio para o grupo masculino os VR foram 1,5 e 3,1 µg/L e para o grupo feminino os VR foram 1,6 e 3,2 µg/L, respectivamente para as faixas etárias mencionadas e, para níquel os VR para homens foram de 3,60 e 3,63 µg/L e para mulheres foram de 3,64 e 3,50 µg/L, respectivamente para as faixas etárias mencionadas. Gênero, idade e hábito de fumar foram as variáveis que apresentaram associação significativa com as concentrações de chumbo e cádmio em sangue. Além dessas, consumo de vísceras e miúdos e área de moradia mostraram estar associados com os níveis de chumbo em sangue e, consumo de destilados para os níveis de cádmio em sangue. Para mercúrio, idade, consumo de peixes e vísceras e miúdos foram os fatores que apresentaram associação significativa com os níveis do metal no sangue. Para níquel em sangue os fatores determinantes foram idade, consumo de peixe, vísceras e miúdos e frango. Os valores de referência obtidos neste estudo poderão subsidiar os diagnósticos de exposição ambiental ao chumbo, cádmio,mercúrio e níquel. |