Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Cavalcante, Paula Rosana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-09122020-174637/
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Resumo: |
Questões emergentes no âmbito da Defensoria Pública relacionam-se, entre outras, às ações que possam se voltar à garantia de direitos das pessoas em sofrimento mental e/ou que fazem uso problemático de drogas e de suas famílias. Neste sentido, objetiva-se, neste trabalho, identificar situações ligadas à saúde mental que emergem no campo da Justiça e refletir acerca das práticas delas decorrentes, tendo como ponto de partida as histórias que chegam à Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPESP). Nessa linha, algumas das questões norteadoras foram: as ações desenvolvidas como decorrência das políticas públicas estão alinhadas com os ideais da luta antimanicomial, no sentido de promover práticas de cuidado e garantidoras de direitos das pessoas em sofrimento mental? Quais profissionais e serviços estão envolvidas/os no desenvolvimento dessas ações? Para alcançar os objetivos propostos, foram feitas: revisão bibliográfica sobre a ideia de loucura em nossa sociedade; levantamento de documentos oficiais e elaboração de um diário de campo. Neste foram anotados casos atendidos, situações e atividades institucionais vivenciadas pela pesquisadora, que também é psicóloga e trabalhadora na DPESP. Retratos do cotidiano elaborados a partir das anotações, permitiram aproximação ao fenômeno estudado e trouxeram elementos que foram analisados a partir de referenciais teóricos que problematizam a ideia de loucura e de áreas psi oriundos, principalmente, do campo da Saúde Mental e da Psicologia Social inscrita na crítica à vida cotidiana. Ao se debruçar sobre leis, normativas e práticas que foram sendo construídas e reconstruídas ao longo dos anos, pode-se perceber transformações, que nem sempre têm reflexo na vida das pessoas. Há diferentes interesses em jogo, diferentes modelos, uns aparentemente mais ou menos propulsores de saúde. Em certos momentos, o velho parece retornar como novo. O manicômio retorna em outras vestimentas, com outros discursos. Apesar de ter estruturas que parecem repetir o antigo, a Defensoria Pública apresenta novidades: espaços de diálogo, espaços de escuta, espaços de discussão, espaços de reflexão e construção. À Psicologia é possível ver outras expectativas que não categorizar pessoas, lugar tão comum nesta interface com a Justiça. É possível estar junto às pessoas e aos outros serviços que as acompanham. Assim, vê-se que, após a entrada de psicólogas/os na Defensoria Pública, outras possibilidades de atuação foram sendo pensadas e construídas, sobretudo na prática: nos atendimentos, nas relações, no trabalho multiprofissional, quando este teve espaço e horizontalidade para acontecer |