Dinâmica do carbono em uma microbacia no extremo leste da Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pimentel, Tania Pena
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-01082016-175320/
Resumo: O presente estudo objetiva avaliar os mecanismos de transferência de carbono entre os compartimentos atmosfera, vegetação, solo e igarapé em uma microbacia da Amazônia Ocidental. Dois igarapés drenandos, respectivamente, 2927 e 66,73 ha de floresta de terra firme, foram monitorados durante um ano. A área de estudo se encontra na zona de amortecimento de uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável denominada Floresta Estadual do Amapá (FLOTA/AP), na região central do estado de mesmo nome. Foram coletadas as águas da chuva, da precipitação interna da floresta, do escoamento de água pelo tronco, do escoamento superficial pelo solo, da solução do solo, da água subterrânea e da água do igarapé. Os solos também foram investigados em relação a suas características físico-químicas. Para calcular a entrada e saída de C do sistema, foram determinadas as concentrações do carbono orgânico e inorgânico dissolvido (COD e CID, respectivamente) na água da chuva e do igarapé, em 16 eventos de chuva. As concentrações médias de COD na água da chuva foram de 1,6± 1,52 mg L-1, resultando em um aporte de 11,43 Kg C ha-1 ano-1. Na precipitação interna os valores médios observados foram de 9,1 ± 5,99 mg L-1, o que corresponde a um fluxo de 100,71 Kg C ha-1 ano-1. No escoamento do tronco, os valores médios observados foram de 17,4 ± 8,03 mg L-1 e no escoamento superficial do solo de 14,2 ± 6,4 mg L-1. Nos compartimentos amostrados abaixo do solo, solução do solo e água do lençol, as concentrações de COD foram relativamente mais baixas. A saída de COD pelo igarapé, os fluxos foram de 0,45 Kg C ha-1 ano-1. Em relação às concentrações de CID, o aporte pela água da chuva foi de 3,66 Kg C ha-1 ano-1, passando a 10,10 Kg C ha-1 ano-1 na precipitação interna e com uma saída pelo igarapé de 0,07 Kg C ha-1 ano-1. Os resultados mostram grande variabilidade espaço-temporal e retenção de C pelo sistema, seja na fase orgânica (COD) ou inorgânica (CID), demonstrando a importância destes processos para a compreensão do funcionamento destes ecossistemas.