Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Costa, Soraya Carvalho da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-06082015-114750/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: As crianças pré-termo, principalmente aquelas de muito baixo peso (MBP) podem apresentar alterações no seu padrão craniofacial, no desenvolvimento da cavidade bucal e no padrão eruptivo dental. Este estudo teve como objetivos descrever as características faciais, palatinas e a erupção dentária em crianças pré-termo que receberam assistência respiratória; comparar os efeitos da ventilação mecânica invasiva (VMI) e do CPAP sobre as mesmas variáveis; observar o impacto do aleitamento, uso de chupeta e presença de displasia brocopulmonar em crianças pré-termo com idades entre 12 e 24 meses. MÉTODOS: Participaram deste estudo crianças pré-termo, procedentes do Ambulatório de Seguimento de Recém- Nascidos Pré-Termo do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo e do Ambulatório de Seguimento dos Prematuros A5 RN 002 do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com peso ao nascimento inferior a 2000g. Foram constituídos dois grupos a partir dos dados sociodemográficos coletados dos prontuários de internação neonatal das crianças participantes. O Grupo 1 (G1) constituise de 34 crianças pré-termo que receberam VMI por intubação orotraqueal (IOT) por um período igual ou maior que 7 dias, e o Grupo 2 (G2) é composto por 34 crianças pré-termo que receberam CPAP por um período de tempo igual ou maior que 72 horas. Foi realizada entrevista com a mãe ou responsável pela criança, com objetivo de obter as informações relativas à duração do aleitamento, uso da chupeta, presença/ausência de displasia broncopulmonar como sequela da prematuridade. As crianças foram submetidas a um exame de inspeção da cavidade bucal para detectar a presença de alterações no rebordo ou palato, para classificar o formato do palato (quadrado, estreito e ovoide) e para visualizar a erupção dos dentes decíduos, classificada em atrasada, normal ou adiantada para a idade. Foram realizadas medidas faciais, com emprego de um paquímetro, dos pontos antropométricos como: larguras facial e mandibular, terços superior, médio e inferior da face, altura facial e índice facial. Foi realizada análise descritiva e inferencial (teste t-Student, teste F da ANOVA, teste Mann- Whitney, Kruskal-Walis, teste exato de Fisher e o coeficiente de correlação de Pearson). Os cálculos foram realizados com auxílio do software R 3.1.1 (R Core Team, 2014). Utilizou-se nível de significância de 5% para o teste de hipóteses. RESULTADOS: Os grupos G1 e G2 foram homogêneos em relação ao gênero (p=1; feminino: n=17; masculino n=17 para ambos os grupos) e em relação à raça (p= 0,627; não caucasiano: n=14 CPAP; n=17 IOT). Porém, quando se analisou a duração da assistência respiratória, as crianças do G1 permaneceram um tempo médio de dias em IOT (25,3 ± 25,8) significantemente maior (p < 0,001) quando comparado ao CPAP. Em relação à erupção dentária, os grupos G1 e G2 foram homogêneos, p=1 (atrasada: 47,1%; normal: 38,2% e adiantada:14,7%), entretanto, o grupo G1 apresentou porcentagens significantemente maiores do formato do palato estreito (p=0,005) e valores significantemente maiores para a altura do terço inferior da face (p=0,019) quando comparadas às crianças do G2. As crianças com palato ovoide apresentaram um terço inferior da face significantemente menor (p = 0,038) quando comparado aos outros tipos de formato de palato, porém para as outras medidas da face e para os outros formatos de palato não houve diferença. Os grupos G1 e G2 não diferiram em relação às alteração de palato, medidas faciais e uso da chupeta. Da mesma maneira, o aleitamento materno não influenciou as medidas faciais da população estudada. Crianças submetidas à IOT, com sequela da DBP, apresentam altura do terço inferior da face significantemente maior (p= 0,019). CONCLUSÕES: As crianças pré-termo que receberam assistência respiratóra (CPAP ou IOT) não apresentam alterações em rebordo, palato, medidas faciais e na erupção dentária. Entretanto, quando estas foram submetidas à IOT, observou-se presença de palato de formato estreito e profundo, enquanto naquelas em CPAP o palato é de formato quadrado. As crianças pré-termo com hábitos nutritivos e não nutritivos não apresentam alteração no formato palatino nem nas medidas faciais. A presença da DBP em crianças submetidas à IOT acarreta maior altura no terço inferior da face |