Bioconversão de resíduos da indústria pesqueira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1994
Autor(a) principal: Morales Ulloa, Doris Floridalma
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-20191218-113138/
Resumo: Bioconversão de resíduos da indústria pesqueiraAvaliou-se a possibilidade da utilização dos resíduos da sardinha na produção de silagens microbianas, às quais foram adicionados de melaço como fonte de carboidratos e o L. plantarum e o P. acidilactici como inóculos. Os resíduos utilizados foram previamente acidificados com uma mistura 1:1 de ácido fórmico e ácido propiônico, na proporção de 3% v/p. Através da produção de silagens pretende-se contribuir com a indústria na utilização integral da matéria-prima, evitando a descarga desses resíduos, que se constituem em agentes poluentes do meio ambiente. Para cada microrganismo foram estabelecidas três condições diferentes, a saber: o microrganismo com seu meio de crescimento, o microrganismo com o meio e adição de melaço e o microrganismo centrifugado e suspenso em solução salina e adição de melaço. Durante o experimento foram feitas análises químicas, biológicas e sensoriais, a fim de determinar as modificações ocorridas nas silagens. As silagens foram também avaliadas "in vivo" através de ensaio biológico, no qual foram feitas análises de ganho de peso, CEA (Coeficiente de Eficiência Alimentar), PER (Razão de Eficiência Protéica), NPU (Utilização Protéica Líquida), VB (Valor Biológico) e Digestibilidade (D%). As silagens feitas com melaço como fonte de carboidratos, tanto para o L. plantarum como com o P. acidilactici, apresentaram coloração marrom escuro, aroma agradável e textura de pasta. As diferentes silagens mantiveram-se estáveis, apresentando pH 4, 18 - 4,23 após duas semanas de fermentação. A composição centesimal das silagens com L. plantarum e P. acidilactici, respectivamente, nas primeiras 48h, foi a seguinte: umidade 55,94% e 58,83%; proteína 19,33% e 17,39%; cinza 3,77% e 3,32%; carboidratos 18,51 % e 18,15%; lipídeos 2,45% e 2,31 %. Após 48h de fermentação das silagens com L. plantarum e P. acidilactici houve a conversão do nitrogênio da ordem de 35,18% e 39,79%. A digestibilidade "in vitro" foi de 84,2 % e 84,5 % , mostrando que 48h são suficientes para promover a hidrólise da fração protéica. Após 2 semanas de fermentação para as silagens microbianas com L. plantarum e P. acidilactici a conversão de nitrogênio foi da ordem de 34,22% e 41,73% e de digestibilidade de 83,5% e 81,0%. A silagem microbiana de pescado preparada a partir de resíduos de sardinha e adição de melaço pode ser usada como alimento, apresentando um CEA de 0,14; PER de 1,47; digestibilidade "in vivo" de 96,31 %, NPU de 38,68% e V.B de 40,19%.