Efeitos da poluição atmosférica sobre a saúde de crianças em seis municípios com diferentes perfis de fontes de poluentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cirino, Fabricio dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5144/tde-16042019-101941/
Resumo: Esta tese analisou o efeito da poluição atmosférica nas doenças respiratórias em crianças de 0 (zero) a 6 (seis) anos de idade incompletos residentes em Campinas, Cubatão, Santos, São José dos Campos, São José do Rio Preto e Santo André, caracterizados por seus diferentes perfis de emissão de poluentes do ar, no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2014. As concentrações dos poluentes (PM10, NO2, SO2 e O3) foram extraídas de relatórios da CETESB. Foram usados modelos de defasagem com distribuição polinomial, além de uma metarregressão para o PM10, identificando um padrão de efeito deste poluente, independentemente de sua composição. O NO2 e o SO2 não apresentaram concentrações fora dos padrões de qualidade do ar em nenhum dos municípios. O O3 se apresentou em concentrações acima dos padrões de qualidade do ar em diversos dias no período estudado, em todos os municípios, trazendo grande preocupação com relação aos agravos à saúde oriundos deste poluente. O efeito do interquartil (13,81?g/m3) na concentração de PM10 na saúde respiratória das crianças em Campinas foi um aumento de 10,45% (IC95%: 6,39-14,51) dos casos de internação, com efeito já no dia 0; em Cubatão o aumento das internações foi de 14,49% (IC95%: 5,56-23,42); em São José dos Campos o aumento foi de 8,64% (IC95%: 2,41-14,86) nos casos de internações, com uma elevação nestes dados a partir do dia 1; em São José do Rio Preto, no dia da exposição à elevação de concentração de PM10 o aumento de internações nas crianças já foi de 5,75% (IC95%: 1,26-10,25), maior que a somatória dos eventos em uma semana; Santo André, teve um incremento nas internações a partir do dia 1, com uma somatória de 7,30% (IC95%: 1,34-13,25) após seis dias de exposição. Santos não possui significância no efeito adverso em nenhum dos dias após o dia de exposição, nem na somatória dos eventos, mesmo com uma elevação apresentada na ordem de 4,81%. Confirma-se o padrão de efeito, independente do perfil de emissão do PM10 com efeito adverso estatisticamente significante nos dias 0 e 1, respectivamente com 1,84% (IC95%: 1,78-1,89) e 1,03% (IC95%: 1,00-1,07) de aumento nos casos de internações nas crianças expostas