Eletrogeneterapia com IFN-Beta em modelo murino de melanoma

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Luz, Jean Carlos dos Santos da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5167/tde-10112021-164626/
Resumo: A eficácia de determinadas moléculas terapêuticas com ações intracelulares pode ser comprometida pela incapacidade destas em ultrapassar a membrana celular ou pela curta permanência das mesmas em seu sítio de ação, criando a necessidade do uso de altas doses ou reaplicações, que podem gerar toxicidade. Na terapia oncológica, citocinas administradas de forma sistêmica requerem altas doses para uma eficaz atividade antitumoral, o que frequentemente acarreta severos efeitos colaterais. A eletrotransfecção gênica (GET) é uma técnica que combina o uso de plasmídeos com a eletroporação (ou eletropermeabilização), um método que facilita o transporte de moléculas externas para o interior das células por meio de pulsos elétricos permeabilizantes da membrana celular. A técnica possibilita a expressão de citocinas de forma local e prolongada, evitando efeitos colaterais sistêmicos. Na oncologia, o uso de plasmídeos codificantes de citocinas visa modular o microambiente tumoral, objetivando gerar uma resposta imunológica antitumoral local, sistêmica e de memória. Atualmente, plasmídeos codificantes de interleucina-12 (IL-12) são os mais amplamente utilizados em GET tanto como monoterapia ou em combinação com outras terapias e têm apresentado resultados promissores, entretanto, a IL-12 tem suas ações limitadas à um repertório restrito de células com receptores para tal citocina. Neste trabalho, foi proposto o uso de interferon- (IFN-Beta) como molécula imunomoduladora, visto sua ampla variedade de atividades antitumorais e presença de receptores IFNAR em todas as células nucleadas. O presente projeto teve como objetivos estabelecer o protocolo elétrico para eletrotransfecção de plasmídeos em linhagem celular de melanoma murino (B16F10) in vitro e avaliar as atividades antitumorais do tratamento proposto, bem como uma avaliação preliminar para o uso do IFN-Beta murino GET in vivo. Como resultados, o protocolo de eletrotransfecção estabelecido para a linhagem B16F10 resultou em uma taxa de eletrotransfecção de plasmídeo codificante de eGFP de até 45,6% com viabilidade próxima a 100%. Além disso, a eletrotransfecção de plasmídeo codificante de IFN-Beta resultou no acúmulo da proteína no sobrenadante em até 526,1pg/mL, e retardo no crescimento celular de até 66% em comparação com as células controles. Em ensaio preliminar in vivo, foi detectado o sinal de eGFP após GET em tumores subcutâneos. Este estudo abre o caminho para investigações mais aprofundadas do tratamento utilizando GET e a possível resposta imunológica antitumoral provocada pela IFN-Beta