Importação e implantação do modelo médico-hospitalar no Brasil. Um esboço de história econômica do sistema de saúde 1942-1966

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Perillo, Eduardo Bueno da Fonseca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-25112008-125024/
Resumo: O atual modelo de atenção à saúde do Brasil tem suas origens no modelo biomédico flexneriano, idealizado e implantado nos Estados Unidos por meio da ação combinada do corporativismo médico local e do grande capital. Sua importação e implantação se insere nas relações gerais de dependência econômica e subordinação política do nosso País aos interesses norte-americanos, desde as últimas décadas do século XIX até as primeiras décadas do século XX. O objetivo desta tese é identificar e analisar como as grandes fundações norte-americanas, financiadoras do modelo de atenção médica originado a partir da publicação do Relatório Flexner em 1910, mais os interesses capitalistas, tanto do grande capital internacional quanto nacionais, e o corporativismo médico brasileiro, construíram o modelo de atenção médico-hospitalar no Brasil e o moldaram à sua conveniência, de sorte a torná-lo hegemônico, preparando o terreno para a implantação da fase seguinte, a do complexo médico-industrial. Para tanto, apropriando-se do discurso dominante da ciência, deverão introduzir-se no Estado ou com ele manter estreito relacionamento, de forma a controlá-lo ou dirigí-lo ainda que parcialmente, privilegiando seus interesses, enquanto vestidos de um discurso que se pretende assistencialista, promovendo a expansão da base de assistência médica individual para cristalizar um padrão hospitalocêntrico e crescentemente tecnificado