Veredas da informação em culturas de tradição oral: a esfera encantada das bibliotecas vivas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Edison Luis dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27151/tde-02102018-163618/
Resumo: A tese apresenta o estudo de natureza exploratória do processo de produção partilhada de saberes e apropriação de dispositivo de informação desenvolvido com mestres e aprendizes da cultura de tradição oral. A travessia pelas -veredas da informação? neste território simbólico diferenciado foi delineada com base em três pilares: a) construção de trama conceitual, que contempla o desenvolvimento diacrônico dos processos mnemotécnicos, desde os primórdios até a contemporaneidade, demonstrando como determinados autores ao longo da história participam do jogo de forças sociais, disputando formas, possibilidades, arranjos e ordenamento do conhecimento; b) apresentação do contexto social de pesquisa e respectivo universo simbólico-cultural dos mestres Griôs da tradição oral, por meio de abordagem epistêmica que perpassa pelo reconhecimento ontológico das bibliotecas vivas; c) criação de rede sociotécnica para gestão de dispositivo, com base no conceito operacional de -produção partilhada de saberes? para solução de demandas por apropriação e circulação social de informações. A obra resulta de um diálogo na fronteira entre o legado das culturas de tradição oral e as novas tecnologias da escrita, em que experimentamos uma relação com o saber, voluntária e coletiva, da ciência como artesanato. A materialização da produção partilhada de saberes se deu no fazer prático (savoir-faire) por meio do qual os sujeitos do saber aprenderam a conhecer e a fazer juntos. Descreve o método empregado no processo de criação de um -dispositivo antropotécnico?, entendido como prótese virtual das bibliotecas vivas, lugar de memória, empoderamento e protagonismo social dos mestres e aprendizes da tradição oral, configurado de forma integrada e colaborativa, com abertura para a inovação social estratégica e as trocas simbólicas com os atores de outros pontos de cultura/memória, do Brasil e do mundo.