Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Bezerra, Aida Couto Dinucci |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-21082007-155031/
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Resumo: |
Introdução. O comércio de baguncinha, sanduíche típico da região metropolitana de Cuiabá - MT é fonte de renda no mercado informal e alternativa de alimentação fora de casa. A vigilância sanitária tem problemas estruturais e financeiros para a fiscalização enquanto os organismos de saúde pública recomendam a capacitação dos manipuladores. Objetivo. Avaliar a eficácia de uma intervenção educativa na representação social e na prática de manipuladores de sanduíche baguncinha. Método. Foram pesquisados 35 pontos de venda, divididos em grupo controle e teste, antes e depois de intervenção educativa. Foram observadas as condições de higiene ambiental e pessoal por meio de check list e realizadas análises microbiológicas e medição de temperatura interna do sanduíche. Por meio de entrevista semi-estruturada foram coletados dados representacionais e comportamentais relativos à manipulação segura de alimentos. Os depoimentos foram tratados pela técnica do discurso do sujeito coletivo e os dados comportamentais pela estatística paramétrica. A análise dos dados representacionais e comportamentais foi baseada na triangulação de teorias educativas. Resultados. As condições de higiene pessoal e ambiental se mostraram precárias nos pontos de venda. As mãos dos manipuladores apresentaram altos índices de contaminação microbiológica. Os sanduíches estavam impróprios para consumo em 31,4% das amostras. Predominou a não-conformidade para a temperatura de armazenamento dos ingredientes. A temperatura segura de cocção não foi alcançada em 84,2% dos baguncinhas. O conhecimento foi considerado de mediano a baixo. Os ambulantes preocupavam-se em manter a clientela e a principal dificuldade foi à falta de infra-estrutura no ponto de venda. Como incentivo à mudança de comportamento, a redução de impostos e o acesso a financiamentos predominaram na representação social dos ambulantes. Sentimento de discriminação por parte dos consumidores apresentou-se como ancoragem. Conclusões. O treinamento não foi eficaz para mudar a representação e o comportamento dos manipuladores. A importância sócio-econômica deste comércio na baixada cuiabana e a condição sanitária precária no ponto de venda requerem políticas de fiscalização e intervenção educacional baseada na nova Psicologia Social. A metodologia da Problematização poderia obter mudanças positivas no comportamento e nas representações destes trabalhadores, associada às outras mudanças estruturais e regulamentais. |