Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Nepomuceno, Eliane |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-13022015-110642/
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Resumo: |
Introdução. A estenose espinhal é uma doença degenerativa que pode atingir vários locais da coluna vertebral causando, principalmente, limitações funcionais e dor, comprometendo a qualidade de vida dos pacientes. Ainda, sintomas de ansiedade e de depressão podem estar presentes devido às condições debilitantes e dolorosas. Uma das opções terapêuticas é a correção cirúrgica da estenose. Entretanto, as expectativas desses pacientes com o tratamento cirúrgico, muitas vezes, não são correspondidas com os resultados obtidos pela cirurgia, gerando insatisfação. Objetivos. Comparar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) e sintomas de ansiedade e de depressão segundo o tipo de estenose apresentada (lombar ou cervical), ainda, avaliar a limitação funcional e as expectativas dos pacientes frente ao tratamento cirúrgico. Método. Estudo descritivo, de corte transversal, realizado em um hospital público e de ensino no interior do Estado de São Paulo. Os dados foram coletados por consulta aos prontuários dos pacientes e entrevistas individuais, no período de outubro de 2012 a janeiro de 2014. As variáveis de interesse foram avaliadas pelos instrumentos: Medical Outcomes Study 36 - Item Short-Form Health Survey (SF-36) (QVRS); Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) (sintomas de ansiedade e depressão); Oswestry Disability Index (ODI) e The Neck Disability Index (NDI) (grau de limitação funcional do grupo com estenose lombar e cervical, respectivamente); questão sobre as expectativas de melhora nos sintomas com dez itens e Escala Visual Analógica Numérica (EVAN) (expectativa do estado geral de saúde após o tratamento cirúrgico). Os dados foram analisados descritivamente e pelos testes t-Student e Qui-quadrado. O nível de significância adotado foi de 0,05. Resultados. Foram avaliados 54 pacientes (32 com estenose lombar e 22 com estenose cervical), com maior frequência de homens (68,2%) apenas no grupo da estenose cervical, enquanto no grupo com estenose lombar, 50% eram homens. As médias de idade foram de 56,3 (D.P.=11,8) anos e 54,6 (D.P.=12,8) anos, respectivamente, para o grupo de estenose lombar e cervical. A comparação dos oito domínios do SF-36, entre os dois grupos, lombar e cervical, evidenciou diferenças estatisticamente significantes apenas nos domínios Dor (62,5 versus 49,5; p=0,02) e Capacidade Funcional (20,1 versus 32,0; p=0,01). E não houve diferenças entre os grupos em relação às medidas de sintomas de ansiedade e depressão. A média da limitação funcional para grupo com estenose lombar foi de 53,2% (D.P.=11,9%), enquanto que para grupo com estenose cervical foi de 40,2% (D.P.=17,5%). A maioria dos participantes tinha expectativa de muita melhora em oito dos 10 itens de sintomas com tratamento cirúrgico, bem como, apresentaram uma média de 8,24 centímetros (D.P.= 1,77) na EVAN. Conclusões. O local onde a estenose espinhal se desenvolve causa limitações e piora na QVRS do individuo em alguns aspectos, e eles possuem altas expectativas em relação à melhora com o tratamento cirúrgico. Desta forma, os profissionais da saúde devem garantir uma orientação individualizada para estes pacientes, fornecendo informações mais concretas em relação seu prognóstico cirúrgico |