Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Mara Nogueira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-22082012-145102/
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Resumo: |
Esta pesquisa teve por objetivos conhecer a percepção de enfermeiros sobre conflitos éticos no processo de doação de órgãos e tecidos para transplante, como são tomadas as decisões e o que é levado em consideração para a tomada de decisão frente a conflitos éticos. Foi realizado um estudo exploratório, descritivo e de abordagem qualitativa, sendo utilizada a análise de conteúdo proposta por Bardin. Foram realizadas onze entrevistas com enfermeiros que prestaram assistência a potenciais doadores na prática profissional, há pelo menos um ano, lotados nas seguintes unidades: UTI adulto e pediátrica, Pronto socorro, Centro cirúrgico, Unidades de internação e na Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante. Após a análise emergiram cinco categorias: 1. Dificuldade em aceitar a morte encefálica; 2. Não aceitação da equipe multiprofissional de desconectar o ventilador mecânico do paciente em morte encefálica não doador de órgãos; 3. Dificuldades da equipe multiprofissional durante o processo de doação de órgãos; 4. Situações que podem interferir no processo de doação de órgãos e 5. Tomada de decisão frente a conflitos éticos no processo de doação de órgãos. Os resultados mostraram que os enfermeiros identificam conflitos éticos no processo de doação de órgãos, gerados por diversos fatores como: a dificuldade em aceitar a morte encefálica como morte do individuo, a resistência em aceitar a suspensão do suporte terapêutico no paciente em morte encefálica, a falta de conhecimento e comprometimento durante o processo de doação, o descaso e assistência inadequada ao potencial doador de órgãos, a dificuldade com a alocação de recursos humanos e materiais incluindo a liberação de leitos de UTI para o potencial doador; as crenças religiosas e as falhas de comunicação. Além disso, para tomar decisão frente aos conflitos éticos, eles levam em conta o princípio da beneficência, o dever legal e, principalmente, o diálogo com os colegas. Assim, ficou evidenciado que o processo de doação de órgãos está permeado por conflitos éticos, demonstrando uma necessidade de reflexão e discussão sobre o tema, incluindo as situações geradoras e as tomadas de decisão frente aos conflitos éticos |