Desenvolvimento profissional no sistema de saúde: re/velando processos de educação e trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: Corvino, Marcos Paulo Fonseca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-19032018-185849/
Resumo: O autor traça um perfil do setor saúde, em um contexto da crise do Estado, que sob a ordem mundial de globalização da economia está associada, no Brasil, a reforma neoliberal. Fatos geoeconômicos e político- institucionais, são confrontados com as múltipras determinações históricas e culturais que configuram a pós-modernidade. O estudo do inter-relacionamento das áreas de educação, saúde e trabalho, com suas singularidades, revelou, ao longo do tempo, a reprodução de modelos de desenvolvimento para a instituição e para os profissionais, ou a emergência de situações determinantes de novos modelos. Através de pesquisa qualitativa, realizada durante 1995, como um estudo de caso, busca-se compreender e interpretar no conflito de cotidiano, a realidade e as representações imaginárias dos profissionais, acerca do trabalho, num serviço básico e regionalizado de saúde de Niterói, na área metropolitana do Rio de Janeiro. A análise dos documentos escritos e de conteúdos de discursos colhidos nas entrevistas dos indivíduos e no grupo focal, apóia-se, fundamentalmente, numa linha de pensamento hermenêutica-dialética. Os resultados revelaram dimensões do dia-a-dia da \"equipe\" de saúde, que permitiram a criação de novas categorias analíticas, em especial àquelas inerentes à ação comunicativa entre os sujeitos sociais, à mudança de paradigmas da atenção à saúde e à articulação intra e intersetorial. O autor, através das falas dos servidores e das suas próprias análises, tenta apresentar a lógica do desenvolvimento institucional e profissional. O processo de formação dos profissionais se dá no cotidiano, que ora promove, ora oculta, um desenvolvimento educacional latente, que mantém uma relação intrínseca com o poder simbólico e as condições materiais, do trabalho e de vida dos participantes da investigação. O autor conclui que determinadas questões, de ordem sócio-econômica e antropológico-cultural, desempenham relevante papel no enfrentamento, ou na superação, de problemas vivenciados pelos profissionais e pela comunidade, no espaço das instituições,e assim, podem ampliar as bases de luta por uma vida melhor.