Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Homrich, Bianca de Souto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18138/tde-30082023-172113/
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Resumo: |
Os componentes de um Sistema de Abastecimento de Água (SAA) podem ser afetados por fatores naturais ou oriundos da ação humana que oferecem riscos à segurança hídrica do sistema. Os mananciais utilizados para o abastecimento público, por exemplo, estão sujeitos à influência do uso e ocupação do solo na bacia hidrográfica em que está localizada a captação. O Plano de Segurança da Água (PSA) é um instrumento de gestão prevencionista, com foco na identificação de perigos e análise dos riscos aos quais o SAA está exposto, visando à manutenção da qualidade da água. O objetivo desta pesquisa foi comparar os riscos nas sub-bacias do Ribeirão do Feijão e do Rio Monjolinho, que abrigam mananciais de captação para o abastecimento público de um município de médio porte (São Carlos, SP), com foco na etapa de captação do SAA local. A identificação dos perigos partiu de uma revisão sistemática sobre o tema, que resultou em uma listagem de 159 perigos ou eventos perigosos associados aos SAA, sendo 69 considerados aplicáveis às captações superficiais de São Carlos. Foi realizada visita de campo aos mananciais e suas respectivas estruturas de captação para validação dos dados. Os perigos foram avaliados por meio de uma matriz semiquantitativa de priorização de riscos, conforme a metodologia descrita pela Organização Mundial da Saúde e pelo Ministério da Saúde do Brasil. A estimativa da frequência e severidade dos perigos se deu a partir de informações fornecidas pelo SAAE São Carlos, responsável pela gestão do SAA. Incluiu-se na estimativa dos riscos, como ferramenta auxiliar, a avaliação de dados de qualidade da água bruta monitorados pelo SAAE (cor verdadeira, turbidez, pH, nitrogênio amoniacal, oxigênio dissolvido e coliformes termotolerantes) e a confecção de mapas de uso e ocupação do solo, no período de 2014 a 2021. Foram avaliadas não conformidades quanto aos valores máximos estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 357/05, seguindo o enquadramento dos corpos hídricos estudados. Verificou-se que as porcentagens de não conformidade foram maiores na sub-bacia do Rio Monjolinho para todas as variáveis, exceto para o pH. Os resultados indicaram que a diferença no uso e ocupação do solo nas sub-bacias influenciou nos riscos aos quais as captações estão submetidas. Em decorrência de uma maior ocupação urbana e agrícola na sub-bacia do Rio Monjolinho, a captação neste manancial esteve sujeita a uma maior quantidade de perigos de risco muito alto e a níveis de risco em geral mais elevados quando houve divergência no nível de risco entre esta e a outra captação, a do Feijão. A presente pesquisa contribuiu para a compreensão da influência das aptidões e vulnerabilidades da bacia hidrográfica para a segurança hídrica dos mananciais utilizados para o abastecimento público, ressaltando a importância de avaliar as características locais na elaboração de um PSA e de integrá-lo aos planos de bacia. |