Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Goh, Simone Strelciunas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-05122004-135240/
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho é resgatar a metalinguagem de Monteiro Lobato apresentada em um corpus único e cronológico e demonstrar que ele registra marcas de oralidade, criando um discurso que o próprio autor denomina de conversa em mangas de camisa". Elegemos como corpus A Barca de Gleyre por julgarmos ser uma obra especial, em que o próprio Lobato relata suas considerações lingüísticas ao longo de quarenta anos em correspondência mantida com o amigo e também escritor Godofredo Rangel. Uma visão diferenciada da vida do autor é retratada, enfocando concomitantemente a essa biografia as considerações de Monteiro Lobato sobre a língua numa perspectiva sincrônica. Faz-se a seguir um apanhado descritivo das modalidades falada e escrita da língua, que auxilia nas reflexões e posicionamentos lobatianos, uma vez que o autor já reconhecia a existência dessas duas modalidades. Em seguida, ampliamos os pressupostos teóricos relativos aos aspectos selecionados para a pesquisa. Procede-se à análise das ocorrências no discurso do autor, no que tange a sua própria metalinguagem, a presença das repetições , termos gíricos e construções fixas, que contribuem para tornar o texto epistolográfico uma conversa com um amigo, um duo". Na conclusão, destaca-se a valiosa contribuição de Lobato, que, por meio da obra A Barca de Gleyre, traçou um panorama da língua e da literatura durante quatro décadas e que demonstra pela sua própria postura lingüística que é possível elaborar um discurso crítico com a presença de repetições , gírias e construções fixas que corroboram para a expressividade, interação e coesão textual. Vale dizer que A Barca foi um dos instrumentos que possibilitou Lobato a ser Lobato, pelo exercício lingüístico e disposição que os dois correspondentes mantiveram por tantos anos. |