Fotointerpretação comparativa de fotografias pancromáticas, coloridas e infravermelhas coloridas (falsa cor)

• Ano de defesa: 1975
• Autor(a) principal: Garcia, Gilberto José
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: FOTOGRAFIAS; FOTOINTERPRETAÇÃO
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20240301-143904/

O presente trabalho teve por objetivo avaliar quantitativamente as informações obtidas por diferentes tipos de fotografias. Os estudos basearam-se em fotografias pancromáticas, coloridas e infravermelhas coloridas (falsa cor), de uma área teste localizada no município de Campinas - SP. A cobertura fotográfica denominada Missão 96 resultou da colaboração científica entre INPE - Instituto de Pesquisas Espaciais, NASA - National Aeronautics and Space Administration e IAC - Instituto Agronômico do Estado de São Paulo. Os elementos estudados foram a drenagem e a vegetação da região. Quanto à drenagem, estudou-se para os três tipos de fotografias: o número de segmentos de rios, o comprimento de rios, a freqüência de rios e a densidade de drenagem. A vegetação foi dividida em dois grupos principais: natural e terras com cultura. A vegetação natural foi subdividida em mata alta, cerrado baixo, campo limpo e campo sujo, enquanto que as culturas, subdivididas em café, pomar cítrico, pomar não cítrico, eucalipto adulto, eucalipto jovem, pastagem e culturas anuais. A rede de drenagem foi estudada em monoscopia e em estereoscopia, e para o estudo da vegetação elaborou-se uma chave de classificação do tipo de seleção, onde foi selecionado o exemplo cor respondente à imagem que estava tentando-se identificar. As medições foram efetuadas em amostras circulares de 10 km2 (parcelas), sendo que o delineamento experimental foi o de parcelas inteiramente casualizadas. Os dados obtidos foram utilizados para avaliar a eficiência de cada tipo de fotografia para as variáveis consideradas. Para as condições estudadas, obteve-se as conclusões e resultados principais: Quanto à drenagem, a fotografia infravermelha forneceu maior número de informações, comparativamente às fotografias pancromática e colorida, as quais ofereceram resultados semelhantes. Os resultados para cada parâmetro estudado foram os seguintes: a) O número de segmentos de rios de 1ª ordem para a fotografia infravermelha foi 33,7% e 29,2% superior que a fotografia pancromática, em monoscopia e em estereoscopia, respectivamente; b) O comprimento de rios de 1ª ordem para a fotografia infravermelha foi 36,6% superior que a pancromática em monoscopia e 31,3% em estereoscopia; c) Quanto a freqüência de rios, a fotografia infravermelha forneceu valores 32,3% e 27,6% maiores que a fotografia pancromática, em monoscopia e em estereoscopia, respectivamente; d) A densidade de drenagem, em relação a fotografia infravermelha foi 32,1% e 24,6% maior que a fotografia pancromática, em monoscopia e estereoscopia, respectivamente. Para a drenagem os resultados obtidos pela análise monoscópica da fotografia infravermelha foram semelhantes aos resultados obtidos pela análise estereoscópica da fotografia pancromática, o que poderia facilitar bastante o processo fotointerpretativo. O uso de amostras circulares, em substituição a bacias semelhantes no estudo da drenagem, revelou-se satisfatório para a região estudada, bastante uniforme quanto a solos. No estudo da vegetação natural, os três tipos de fotografias revelaram a mesma eficiência no que se refere a porcentagem de itens identificados corretamente. No estudo das culturas, a fotografia colorida e infravermelha colorida forneceram resultados semelhantes, superiores entretanto à fotografia pancromática, quanto a porcentagem de itens identificados corretamente. A fotografia infravermelha colorida foi superior a fotografia colorida, e esta, superior a fotografia pancromática, quanto ao total de itens identificados na área estudada.