Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva Junior, Sávio Augusto Lopes da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-27022020-153017/
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Resumo: |
Analisando os romances The Catcher in the Rye e On The Road, dos escritores estadunidenses J. D. Salinger e Jack Kerouac, objetiva-se perceber o que constitui a forma desses romances, ambos publicados no momento histórico pós-Segunda Guerra Mundial. Acredita-se que o dropout, um tipo específico e rebelde de abandono de responsabilidades, seja o constituinte formal de ambos os romances. Para provar essa tese, pretende-se partir da leitura cerrada de trechos e analisá-los a partir da ótica materialista. Percebe-se que a forma oscilante - como o boogie do Jazz - desses romances se dá devido às constantes substituições dos espaços que seus narradores Holden Caulfield e Sal Paradise idealizam, os lugares em que estes esperam se encaixar. Os seus desejos são substituídos por novas desilusões, à medida em que as suas jornadas de dropout se desenvolvem. A indústria cultural no pós-Guerra oferece poucas oportunidades que interessam aos narradores, que buscam em formas de cultura periféricas o senso de pertencimento e os estímulos que estes jovens não encontram na cultura hegemônica - essa coexistência também será analisada nesse estudo. Tratam-se de jornadas em que diferentes esferas da cultura se chocam no momento de formação de suas individualidades, determinando o posicionamento ideológico dos jovens diante das contradições de seu tempo. O resultado formal das tensões entre o abandono e a permanência leva à incapacidade de ação e transformação da realidade, ao perceberem que mudanças substanciais não são vias plausíveis em suas realidades burguesas. Os cenários ideais, em que eles se sentiriam membros ativos de suas comunidades, não são sequer concebíveis em suas imaginações, um tipo de alienação próprio de seu tempo histórico. |