Dietas sem forragem à base de grãos de milho inteiros ou moídos na terminação de cordeiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sturion, Thamires Ubices
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
ADG
GMD
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-10122021-153734/
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do fornecimento de dietas sem forragem à base de grãos de milho inteiros ou moídos, associados ao núcleo proteico, peletizado ou farelado para cordeiros confinados. O delineamento experimental foi em blocos completos casualizados, definidos de acordo com o peso e idade dos animais no início do experimento. As dietas experimentais foram: CONT (controle) - dieta contendo 90% de concentrado e 10% de volumoso (feno de coastcross); MI+P - dieta à base de milho inteiro com núcleo proteico peletizado; MI+F - dieta à base de milho inteiro com núcleo proteico farelado; MM+P - dieta à base de milho moído grosso com núcleo proteico peletizado; MM+F dieta à base de milho moído grosso com núcleo proteico farelado. No experimento I foram avaliadas a digestibilidade aparente dos nutrientes, o balanço de nitrogênio e a fermentação ruminal. Foram utilizados 30 cordeiros mestiços (Dorper x Santa Inês) castrados. Na comparação com a dieta CONT, o fornecimento das dietas sem forragem independentemente da forma de processamento do milho ou do núcleo proteico diminuiu (P < 0,01) o consumo (kg/d) de MS, MO, PB, EE, FDN, FDA e amido, aumentou a digestibilidade da MS e MO (P<0,001), aumentou a flutuação no CMS, aumentou a concentrações de amônia ruminal (P<0,01) e diminuiu o valor de N ingerido, N fecal, e N retido (P<0,01). Houve interação tratamentos x horas para pH ruminal e concentração total de AGCC (P<0,0001), sendo que nas horas 9 e 12 (P<0,05) após a alimentação, os cordeiros que receberam a dieta CONT apresentaram concentração total de AGCC superior aos alimentados com as dietas MI+P e MI+F. No experimento II foram avaliados o desempenho, metabolitos sanguíneos, características de carcaça e comportamento ingestivo. Foram utilizados 35 cordeiros não castrados mestiços (Dorper x Santa Inês). Não houve efeito das dietas experimentais sobre o CMS (kg/d), GMD e peso dos cordeiros ao final do experimento. Na comparação com a dieta CONT, o fornecimento das dietas sem forragem independentemente da forma de processamento do milho ou do núcleo proteico diminuiu (P &#8804; 0,01) o tempo de ingestão (min/d) e de ruminação e mastigação (min/d e min/g de MS). Não houve efeito dos tratamentos sobre a concentração de AST, GGT e glicose sanguínea. Com relação às características de carcaça, excetuando-se o escore de marmoreio que foi superior (P = 0,04) para os cordeiros que receberam a dieta CONT, nenhuma outra variável foi afetada pelos tratamentos. Em conclusão é possível utilizar dietas sem forragem na terminação de cordeiros, porém estas dietas devem ser utilizadas com cautela, pois podem impactar negativamente no CMS, parâmetros de fermentação e balanço de nitrogênio.