Dominicanos e jesuítas na emergência da tradição gramatical Quechua - século XVI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Cordeiro, Roberta Henriques Ragi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-17092009-163345/
Resumo: Esta investigação tem o objetivo de comparar as duas primeiras gramáticas produzidas sobre o quechua no século XVI. A primeira, Grammatica o arte de la lengua general de los incas de los reynos del Peru, foi escrita pelo dominicano Domingo de Santo Tomás (1499-1570) e publicada em Valladolid, no ano de 1560. A segunda, Arte y vocabulario en la lengua general del Peru llamada quichua, y en la lengua española, de autoria anônima, surgiu das atividades do Terceiro Concílio Limenho (1582-1583) e foi publicada em Lima, no ano de 1586. A hipótese inicial deste trabalho é a de que ambos os textos configuram modelos distintos de descrição gramatical da língua-objeto, se levadas em consideração as especificidades históricas e políticas que contextualizam a produção e circulação das duas gramáticas examinadas. Do ponto de vista lingüístico, os textos gramaticais materializam continuidades e descontinuidades em relação ao repertório gramatical latino de base e em relação ao quadro universalista renascentista que situa tais produções. Procurou-se demonstrar que o tratamento dos metatermos gramaticais e as opções metodológicas verificadas em cada caso encaminham concepções distintas para o homem e a língua quechua e diferentes projetos de colonização para o Peru do século XVI.