Um enfoque multigênico para a genealogia comparada de Betacoronavirus em bovinos e equinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Barros, Iracema Nunes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-28092012-163152/
Resumo: Gastroenterites são uma das causas mais comuns e importantes de morbidade e mortalidade entre animais neonatos e juvenis, em muitos casos, ocasionadas por uma infecção intestinal múltipla, sendo os principais agentes virais entéricos em bovinos o rotavírus e o coronavírus bovino (BCoV). O BCoV tem distribuição mundial e causa gastroenterites em bezerros, disenteria de inverno em bovinos adultos e processos patológicos respiratórios, enquanto que nos equinos os coronavírus causam enterocolite neonatal em potros. Considerando-se que o coronavírus bovino é mais estudado do que os coronavírus equinos, havendo possibilidade de transmissão interespécies, o presente trabalho teve por objetivo a comparação multigênica do coronavírus em bovinos adultos com disenteria de inverno e bezerros com diarréia neonatal e em equinos do Brasil, com base em sequências parciais dos genes codificadores das proteínas hemagluninina-esterase (HE), espícula (S) e nucleoproteína (N). Foram utilizadas amostras fecais de 11 vacas leiteiras de um surto de disenteria de inverno e de 27 equinos testadas quanto a presença de Betacoronavirus com uma RT-PCR dirigida ao gene RdRp; em seguida, as amostras positivas foram submetidas as reações parciais de PCR para os genes N, HE e S, e posterior sequenciamento e análise genealógica. Além destas amostras, foram utilizadas 15 amostras fecais de bezerros, já estudadas parcialmente quanto ao gene S, submetidas as reações de RT-PCR para N e HE, e posterior sequenciamento e análise genealógica. Sequências representativas da população em estudo foram obtidas para todos os genes. Pode-se concluir que a genealogia de amostras entéricas de BCoV detectadas em bovinos jovens e adultos é diretamente associada a padrões geográficos quando se consideram os genes S e HE, sendo a genealogia de menor resolução para os genes HE e nucleoproteína N, para a qual há uma tendência a segregação por faixa etária do hospedeiro e que equinos podem apresentar Betacoronavirus indistinguíveis daqueles encontrados em bovinos.