Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Karoline Zem |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-20092018-131447/
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Resumo: |
Introdução: Nos serviços de urgência e emergência hospitalares, a complexidade das necessidades de saúde exige cada vez mais o trabalho colaborativo em equipes interprofissionais, sendo necessária a identificação das ações para a construção das competências específicas, comuns e colaborativas. Essa identificação clarifica os papéis e fortalece o trabalho colaborativo nas equipes de urgência e emergência. Objetivos: identificar as ações específicas, comuns e colaborativas dos enfermeiros em urgência e emergência hospitalar de um hospital público do Estado de São Paulo. Método: Pesquisa descritiva, exploratória e de abordagem qualitativa, que utilizou como categorias conceituais as competências, conforme a definição de Zarifian (2003); as competências complementares, comuns e colaborativas de Barr (1998); as competências para a prática interprofissional colaborativa, propostas pelo Canadian Interprofessional Health Collaborative (CIHC) de 2010, e a definição de equipe de referência e apoio matricial segundo Campos & Domitti (2007). Para a coleta de dados foram realizadas entrevistas individuais e semiestruturadas com os enfermeiros que atuam no Pronto-Socorro de um hospital público do estado de São Paulo. Para a análise do material proveniente das entrevistas foi utilizada a técnica de análise temática de Bardin (2011). Os dados das entrevistas foram analisados para identificação do conjunto de ações específicas, comuns e colaborativas. Resultados: Os achados revelam que os enfermeiros desempenham mais ações voltadas para a gestão e articulação do cuidado, comparando-se à prática centrada na família e no paciente, que ainda é pouco realizada pelos enfermeiros. A clarificação dos papéis e a importância do saber comum destaca que o enfermeiro reconhece o seu próprio papel, porém tem dificuldade em reconhecer os papéis dos demais profissionais da equipe. A comunicação é a principal ferramenta utilizada pelo enfermeiro dentro das ações específicas, comuns e colaborativas, e está mais relacionada à comunicação instrumental e tecnicista, ou seja, à passagem de informação entre profissionais, o que mostra a necessidade de uma comunicação mais ampla, com a troca de experiências, compartilhamento de informações, entendimento mútuo e a confiança entre os profissionais. A dinâmica do setor de urgência e emergência dificulta a realização de reuniões e encontros de equipe interprofissional de urgência e emergência, portanto se faz necessária a implantação de protocolos e fluxos de atendimento para o entendimento mútuo dos processos estabelecidos, o que facilitaria o trabalho interprofissional em equipe e em colaboração dentro do Pronto-Socorro. Conclusões: Espera-se que a identificação das ações possa levar à construção de um quadro de competências específicas, comuns e colaborativas para o enfermeiro em urgência e emergência, e clarifique o papel do enfermeiro no contexto das equipes interprofissionais, fortalecendo a colaboração e contribuindo para o desenvolvimento de novas práticas de saúde neste cenário. |