Rupturas e permanências nas representações da mulher em propagandas televisivas brasileiras: uma análise a partir de Erving Goffman

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Barreyro, Luz Amparo López
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Erving Goffman; Estereótipo; Gender; Gênero; Mulher; Propaganda televisiva; Stereotype; Television advertisements; Woman
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-31052022-171634/

Esta dissertação tem por objetivo analisar representações e estereótipos da mulher em propagandas televisivas brasileiras dos anos de 2010 e 2019. Neste trabalho a mídia, incluída a publicidade, é considerada uma tecnologia do gênero, conceito de Teresa de Lauretis, quem entende que os anúncios não só reproduzem, mas também criam os estereótipos que veiculam. Para analisar as propagandas foram utilizados os trabalhos de Erving Goffman sobre as relações de gênero, principalmente sua análise empírica de estereótipos de gênero em propagandas dos anos de 1970, Gender advertisements. A fim de dialogar com Goffman, foram trabalhados conceitos de Judith Butler que apresentam semelhanças com as ideias do autor, especialmente a respeito do caráter performativo do gênero. A partir de Goffman, as propagandas foram analisadas levando em consideração aspectos como posturas corporais, organização espacial e atribuição de funções, procurando discutir como se estabelecem as hierarquias entre homens e mulheres na mídia e, por extensão, na sociedade em si. Considerando mudanças sociais ocorridas nos últimos anos, incluindo reivindicações feministas, questões de raça e outras minorias sociais, procurou-se perceber se houve modificações ou permanências na linguagem da propaganda televisiva no que tange às expectativas dos lugares femininos. Apesar de terem sido encontradas mudanças nos anúncios, percebeu-se que elas são absorvidas e adaptadas pela linguagem midiática de forma tal que as questões sociais reais são minimizadas, colaborando para a manutenção da estrutura desigual da sociedade