Desempenho funcional da língua na deformidade dentofacial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Nascimento, Kizzy Silva Germano do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-07012016-090613/
Resumo: Introdução: Estudos mostram que, indivíduos com deformidades dentofaciais apresentam várias alterações miofuncionais orofaciais, entretanto a condição muscular da língua isoladamente e na função de deglutição ainda não foi explorada nesses indivíduos. Objetivo: Analisar o desempenho da língua e da musculatura suprahioidea nas deformidades dentofaciais classe II e classe III, comparativamente a sujeitos controles, na máxima contração isométrica e durante a função de deglutição, por meio de exames clínicos e instrumentais. Materiais e métodos: Participaram do estudo 56 indivíduos, entre 18 e 44 anos, de ambos os gêneros, sendo 26 (média de idade de 28 anos) com deformidade dentofacial classe II (GII) e 29 (média de idade de 26 anos) com deformidade dentofacial classe III (GIII). Foram selecionados ainda 23 sujeitos controles (GC), com média de idade de 24 anos, sendo 18 mulheres e 5 homens. Os participantes foram submetidos à avaliação miofuncional orofacial com escores (AMIOFE), avaliação especifica de língua com critérios do AMIOFE, análise da pressão de língua, por meio do Iowa Oral Performance Instrument (IOPI) em provas de elevação, protrusão e deglutição, e eletromiografia da musculatura suprahioidea, durante a deglutição espontânea de saliva e a deglutição de 10ml de água. Foi utilizada ANOVA Fatorial para análise do efeito do gênero nos grupos e análise inter-grupos. Para análise dos resultados do AMIOFE e dos valores referentes à língua, foi aplicado o teste de Kruskal-Wallis e o pós teste de Dunn. Quanto à avaliação eletromiográfica dos músculos suprahioideos, foi aplicado ANOVA one-way, exceto para análise quanto ao número de picos (teste de Kruskal-Wallis) e aplicado teste Anova Fatorial para verificar influência do gênero na amostra. Resultados: Em relação aos parâmetros clínicos, tanto do AMIOFE global, quanto aos escores específicos de língua, os grupos GII e GIII apresentaram menores escores comparados ao GC (p<0,00), sem diferença entre as deformidades (p>0,05). Foi encontrada diferença estatisticamente significante quanto à pressão de língua na prova de deglutição, onde os grupos GII e GIII apresentaram valores menores que os valores do GC (p=0,02), sem diferença para as demais provas (p>0,05). Na avaliação eletromiográfica dos músculos suprahioideos, em provas de deglutição espontânea e deglutição de 10ml, os grupos GII e GIII apresentaram um tempo maior de deglutição comparados ao GC (p<0,00), sem diferenças entre as deformidades. Em prova de deglutição espontânea, na variável integral, o grupo GIII apresentou valores maiores comparado ao GC (p=0,01), sem diferença entre as deformidades (p>0,05). Em prova de deglutição de 10ml de água, na variável inicial, foram observadas menores amplitudes para o GIII comparado ao GC (p=0,03), sem diferença entre as deformidades (p>0,05). Conclusão: Sujeitos com deformidades dentofaciais, comparados aos sujeitos sem deformidades dentofaciais, apresentam alterações miofuncionais orofaciais e pior desempenho da língua, na fase oral da deglutição, evidenciados a partir da avaliação clínica e avaliações instrumentais, em pressão de língua durante a deglutição com IOPI e amplitude inicial do sinal eletromiográfico, tempo de deglutição e integral do sinal eletromiográfico.