Gente que brilha quando os maestros se encontram: música e músicos da \'Era do Ouro\' do rádio brasileiro (1945-1957)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Pinto, Theophilo Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-16082013-121350/
Resumo: A presente tese faz uma reflexão sobre a música radiofônica no Brasil no período imediatamente após a 2ª Guerra Mundial (1946) até a segunda metade da década de 1950. Tem-se por objeto privilegiado de análise uma série de gravações radiofônicas do período, em sua maioria advindas da Rádio Nacional e da Rádio Tupi, ambas do Rio de Janeiro. O período em questão, frequentemente chamado de Era de Ouro do rádio brasileiro, traz em si a característica de estar entre dois momentos mais fartamente estudados no que se refere à música contida neles. Isto chama a atenção para uma espécie de descontinuidade historiográfica, onde é privilegiada a discussão de categorias musicais como o samba-exaltação e o samba malandro, de um lado, bem como a bossa nova e as canções engajadas de outro. Como este período apresenta outras categorias distintas, justifica-se sua pertinência para a discussão da música brasileira e como esta representava a sociedade na visão dos que a fizeram no rádio. Organizou-se essa documentação de modo a refletir sobre a referida descontinuidade narrativa. Pretendeu-se também mostrar a especificidade da música veiculada pelo rádio em contraste com aquela feita para o disco, já que entende-se que essa divisão metodológica é necessária e útil para melhor compreender-se o período. Logo a seguir, foi feito um tripé analítico onde aparecem em capítulos específicos sobre a memória, a representação da negritude e a ameaça da cultura estrangeira, notadamente a americana. Assim, pretende-se ver como os homens envolvidos no ofício radiofônico do período lidaram com uma série de valores, limitações e prestígio ao longo do período.