Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Munhóz, Eliane Regina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-04112009-151837/
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Resumo: |
O sistema de emissoras afiliadas da Rede Globo de Televisão consolidou-se no Brasil na década de 1970, já no período técnico, científico e informacional, com a intensificação de densidades técnicas, informacionais e normativas no território nacional. A empresa, ao organizar este sistema, cria uma divisão territorial do trabalho que transforma as afiliadas em unidades de produção de informações para a sede, enquanto ela produz a maior parte da programação que é transmitida pelas afiliadas. A existência de uma tecnosfera (torres de recepção e retransmissão, links de microondas e captação do sinal do satélite, etc.) e de uma psicosfera (ideologia do progresso que se transmite com a programação da emissora nacional tradicionalmente reconhecida pela sua qualidade técnica) cria as condições para que este sistema funcione com uma alta capilaridade territorial e se imponha verticalmente nos lugares. A empresa Rede Globo de Televisão estabelece uma solidariedade organizacional no território brasileiro através da relação com suas emissoras afiliadas, utilizando-se de normas rígidas com padrão comercial, jornalístico e técnico. As emissoras locais, por acatarem estas ordens, deixam de criar suas próprias regras baseadas nas necessidades dos lugares onde estão instaladas. A programação nacional é produzida a partir das referências culturais, sociais e morais da Região Concentrada (onde se localizam as duas principais emissoras próprias da empresa) e é oferecida ao país como legítima expressão da cultura brasileira. A produção de programação local, verificada em quatro afiliadas do Estado de São Paulo (TV TEM Bauru, EPTV Campinas, TV Fronteira de Presidente Prudente e TV Tribuna de Santos), corresponde a menos de 5% da programação total da Rede Globo, o que revela o predomínio da programação nacional como um vetor nos lugares. |