Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Pelissari, Daniele Maria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6141/tde-11062019-140751/
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Resumo: |
Objetivo: A presente tese é apresentada no formato de três artigos que se articulam através do objetivo geral que foi estudar a associação entre o encarceramento e o risco de tuberculose ativa (TB) no Brasil. Os objetivos específicos dos artigos foram: (artigo-1) identificar um conjunto de macrodeterminantes socioeconômicos associados à incidência da TB, dentre eles, a proporção da população privada de liberdade (PPL) na população do município; (artigo-2) quantificar a importância relativa da exposição às prisões na incidência de TB e avaliar sua interação com a desigualdade da distribuição de renda; (artigo-3) estimar o efeito dos fatores ambientais dos presídios no tempo até o diagnóstico de TB. Métodos: Foram realizados dois estudos ecológicos (artigos-1 e 2) e um estudo de coorte retrospectiva (artigo-3). No artigo-1, relacionamos as taxas de incidência de TB (2010) dos 5565 municípios aos indicadores socioeconômicos e de saúde e à proporção de PPL. No artigo-2, as taxas de incidência de TB das populações prisional e não prisional dos 954 municípios com pelo menos uma unidade prisional (2014), foram relacionadas às variáveis contextuais dos municípios. Avaliamos também a interação da desigualdade da distribuição de renda nesta associação; e estimamos a fração atribuível à população (FAP). No artigo-3, analisamos os casos de TB na PPL do estado de São Paulo (2014 e 2015) segundo o tempo entre o encarceramento e o diagnóstico de TB. O efeito total das condições ambientais foi analisado por modelos de riscos de Cox. Todas as análises foram orientadas por diagramas causais para a seleção de variáveis de ajuste. Resultados: No artigo-1, após o ajuste por fatores individuais e região geográfica, esteve associada positivamente à incidência da TB, a proporção de PPL (razão de taxas de incidência [RTI]: 1,11; intervalo com 95% de confiança [IC95%]: 1,09-1,14), e fatores socioeconômicos e de saúde. No artigo-2, comparada com a população não prisional, a PPL apresentou (RTI) 22,07 vezes (IC95%: 20,38-23,89) o risco de TB em municípios com coeficiente de Gini <0,60; e 14,96 vezes (IC95%: 11,00-18,92) este risco onde o Gini foi >=0,60. A FAP foi gradativamente menor em municípios com maior desigualdade da distribuição de renda. No artigo-3, estimou-se que a cada aumento de 50% na taxa de ocupação carcerária, houve um aumento na velocidade de ocorrência da TB de 16% (IC95%: 8%-25%) nos modelos até dois anos. Um aumento de uma unidade do logaritmo da área da cela por pessoa resultou em uma redução na velocidade até o diagnóstico de TB de 13% (IC95%: 2%-23%) nos modelos até dois anos. Conclusão: Evidenciou-se a importância da PPL na ocorrência da TB nos municípios brasileiros; o potencial impacto que teriam intervenções para reduzir a exposição aos presídios, o qual varia segundo as condições socioeconômicas; e o efeito das condições ambientais dos presídios na velocidade do tempo até o diagnóstico de TB. Intervenções nas prisões como a redução drástica das condições de superlotação e o aumento do espaço físico, teriam elevado impacto na incidência de TB na população gerla, principalmente em municípios com menor coeficiente de Gini. |