Avaliação do sistema conservante em xampu anticaspa com cetoconazol a 2%

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Oliveira, Robson Vicente Machado de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9139/tde-19032020-114812/
Resumo: O xampu com cetoconazol 2% (p/v) é um dos produtos utilizados no tratamento da caspa. Esta preparação apresenta propriedades antimicrobianas resultantes não somente da atividade do próprio princípio ativo, mas também de conservantes que estão, geralmente, presentes nos tensoativos, matérias-primas de xampus. Neste trabalho, verificou-se a necessidade ou não da adição de sistemas conservantes em xampus com cetoconazol, preparados com tensoativos provenientes de 3 fabricantes. As preparações foram avaliadas quanto a atividade antimicrobiana pelo teste de desafio, segundo método da regressão linear e o oficial, frente aos seguintes microrganismos: Staphylococcus aureus ATCC 6538, Pseudomonas aeruginosa ATCC 9027 e Pseudomonas cepacia ATCC 17759, Candida albicans ATCC 10321, Aspergillus niger ATCC 16404 e Malassezia furfur ATCC 14521, e também pelo teste de uso. Foram detectadas diferenças de atividade antimicrobiana nos tensoativos de diferentes procedências. Todas as preparações foram consideradas adequadamente conservadas, tanto pelas especificações do método da regressão linear como pelas do método oficial. Entretanto, o teste de uso indicou a necessidade de adição de sistemas conservantes, pois uma das amostras apresentou contaminação, sendo o microrganismo identificado como Serratia marcescens. Este microrganismo e o Pseudomonas cepacia, foram utilizados para os estudos desafios posteriores para seleção de conservantes. Aqueles a serem incorporados no xampu foram selecionados previamente pelo teste de desafio, realizado em soluções contendo a metade da concentração máxima permitida da substância. Aqueles incluídos nos xampus foram: hidroximetilglicinato de Sódio 0,125, 0,500 e 0,250% (v/v), metilparabeno 0,20, 0,30 e 0,40% (p/v), metilparabeno associado ao propilparabeno nas concentrações de 0,18 com 0,02% e 0,16 com 0,04% (p/v), fenoxietanol associado a 1,2-dibromo-2,4-dicianobutano a 0,025 e 0,050% (v/v), 2-Bromo-2-nitropropano-1,3-diol a 0,025 e 0,050% (p/v) e ácido salicílico a 0,25, 0,50, 0,75, 1,00, 1,25, 1,50, 1,75 e 2,00% (p/v). Todas as preparações foram consideradas adequadamente conservadas frente a Pseudomonas cepacia, de acordo com a especificação tanto do método de regressão linear como a do método oficial. Entretanto, em relação à Serratia marcescens, aquelas com metilparabeno e ácido salicílico, em concentração inferior a 0,5%, não atenderam ao critério de aceitação do método oficial. Na avaliação pelo método da regressão linear, além destas, as preparações com hidroximetilglicinato de Sódio a 0,25%, metilparabeno associado ao propilparabeno e aquelas com ácido salicílico até 0,75% também não atenderam as especificações. As preparações contendo 2-Bromo-2-nitropropano-1,3-diol a 0,05%, ácido salicílico 2,00% e fenoxietanol associado a 1,2-dibromo-2,4-dicianobutano a 0,05%, que apresentaram eficácia antimicrobiana adequada, foram submetidas ao teste de uso e ao teste de estabilidade do cetoconazol. Todas as amostras foram aprovadas no teste de uso, entretanto na preparação contendo 2-Bromo-2-nitropropano-1, 3-diol a 0,05% o princípio ativo não foi estável. Os xampus com fenoxietanol associado a 1,2-dibromo-2,4-dicianobutano a 0,05% e com ácido salicílico a 2% foram consideradas as preparações mais adequadas entre as testadas.