Fatores associados a pneumonias adquiridas na comunidade, em crianças de 6 meses a 13 anos de idade hospitalizadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Barsam, Fabiana Jorge Bueno Galdino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-28072023-123959/
Resumo: Segundo a Organização Mundial de Saúde, as pneumonias adquiridas na comunidade são a principal causa de morte infantil, sendo responsáveis por 20% das mortes em crianças menores de 5 anos de idade, com tendência de aumento a cada ano. Nos países em desenvolvimento, as pneumonias da infância adquiridas na comunidade são consideradas um grave problema de saúde pública, requerendo-se a necessidade de implantar estratégias efetivas para o reconhecimento dos fatores de risco associados, objetivando intervenções efetivas sobre os mesmos. Objetivos: Avaliar a influência dos fatores socioeconômicos, ambientais e do aleitamento materno na ocorrência de pneumonia em crianças maiores de 6 meses de idade, internadas em um hospital infantil. Metodologia: estudo caso-controle em crianças de 6 meses a 13 anos internadas num hospital infantil no município de Uberaba-MG, no período de outubro de 2010 a abril de 2011. Foram descritas as características epidemiológicas e sociodemográficas relacionadas às internações e realizadas comparações entre as diversas variáveis. Realizou-se análise multivariada, para determinar as variáveis preditoras de internação por pneumonia, através de regressão logística. Principais resultados: foram selecionadas 252 crianças, sendo 126 casos e 126 controles dos quais, 49,6% eram do sexo masculino com predomínio destes no grupo de casos (53,9%). Ao comparar os valores de tendência central das variáveis contínuas entre os dois grupos, observaram-se diferenças significativas [p<0,05] respectivamente entre casos e controles na idade, peso, altura, níveis de hemoglobina, contagem de leucócitos totais, bastonetes, níveis de Proteína C Reativa e idade materna. Ao verificar as associações entre as variáveis independentes e a variável-resposta (presença de pneumonia), na análise multivariada por regressão logística, as seguintes variáveis mostraram-se associadas ao desfecho: amamentação >3meses (OR 0,14;[IC95%:0,06-0,30]), a ausência de comorbidades(OR 0,26; [IC95%:0,07- 0,90]), a escolaridade materna <8 anos (OR 2,5;[IC95%: 1,10-6,0]), mãe não tabagista (OR 0,20; [IC95%:0,07-0,50]), ser único filho (OR0,43;[IC95%:0,20-0,89]), idade da criança >cinco anos (OR0,21;[IC95%:0,07-0,60]), intercorrências no pré-natal (OR2,60;IC95%:1,11- 6,40]), ordem de nascimento da criança [>2°] (OR 2,90;[IC95%: 1,50-6,70]) e ausência de tabagista no quarto (ORO,36; [IC95%: 0,13-0,95]). Conclusão: os achados deste estudo concordam em geral com a literatura brasileira e mundial e certamente contribuem favoravelmente para atuação mais efetiva sobre os fatores de risco relacionados com o processo da doença em questão.