A procura por cuidado de saúde: o papel das crenças e percepções de mulheres na vivência do processo saúde-doença

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Maciel, Alexandrina Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-03042020-124845/
Resumo: O objeto deste estudo foi descrever e analisar uma população de mulheres segundo condições sócio-econômicas, percepção de problemas de saúde, procura por cuidado em saúde e experiências com os serviços de saúde, bem como, crenças e atitudes sobre a prática da prevenção em saúde. A população deste estudo transversal foi composta por 654 mulheres na faixa etária entre 10 e 65 anos que habitavam uma área selecionada de Londrina, Paraná, Brasil. Entendendo-se que o objeto da Epidemiologia abrange tanto os indivíduos que procuram os serviços de saúde, pertencentes à demanda atendida, como as necessidades daqueles que compõem a demanda reprimida e não tem acesso ao serviço devido a múltiplos fatores, a utilização de seus conhecimentos foi utilizada para o diagnóstico da saúde das populações na primeira fase do estudo. O acesso às informações de caráter subjetivo como percepções, crenças e valores, que compõem, junto com variáveis biológicas e sócio-econômicas, o quadro de ser e estar sadio ou doente entre os indivíduos ou populações, encontrou subsídios para sua análise, a partir dos métodos e técnicas propostos pela Teoria da Cognição Social, utilizada na segunda fase do estudo. De acordo com os resultados da primeira fase, a renda familiar foi o único fator associado à procura por cuidado preventivo. Entretanto, os dados da segunda fase mostraram que as atitudes e crenças em saúde das mulheres, independentemente da renda familiar, eram similares. Porém, a renda familiar concretizou-se em uma barreira real no processo de procura por cuidado e para a prática de atitudes positivas em saúde, determinando desigualdades em saúde.