Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Sabbag, William José |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20200111-144248/
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Resumo: |
Este trabalho analisa o processo de modernização agrícola nas microrregiões no período de 1950 a 1996. Os principais objetivos foram os de identificar os padrões ou dimensões características do processo, os níveis de modernização, segundo as unidades geográficas, e suas tendências. Foram efetuadas análises estáticas para os anos de 1960, 1980 e 1995/1996 e uma análise dinâmica para o período 1950/1960/1970/1980. Os dados estatísticos oriundos dos Censos do IBGE foram interpretados a partir da análise fatorial, pelo método dos componentes principais, que permitiu resumir grande quantidade de indicadores de modernização, representando o fenômeno através de pequeno número de variáveis sintéticas ou fatores estimados. Forneceu, também, os escores fatoriais ou índices, os quais possibilitaram identificar os graus de modernização, segundo microrregiões, para cada fator ou estrutura específica de representação do processo, nos vários cortes temporais. Em Pernambuco, ainda predomina uma agricultura de baixo padrão tecnológico e a distribuição espacial da modernização continua bastante desigual. Além disso, o conjunto de microrregiões mais modernizadas manteve-se relativamente estável desde os anos 1950. Em conseqüência, as microrregiões que apresentaram níveis mais altos de modernização são as que evidenciaram tendência mais acentuada de incremento do processo, implicando um aumento da diferenciação: Mata Seca, Mata Úmida, Recife e Sertão Pernambucano do São Francisco. A tendência de desenvolvimento de um padrão mais elementar de modernização, através da utilização da tração animal, foi identificada para o período 1950/80, para microrregiões do Agreste e do Sertão. Em oposto, na Zona da Mata, existiu tendência de afastamento em relação a esse padrão, em favor de um padrão de modernização mais consistente. Resumidamente, a investigação dos dados resultantes da análise fatorial dinâmica evidenciou a existência de duas tendências de modernização - convencional (mecanização e insumos químico-biológicos) e a elementar (principalmente a tração animal) -, resultando em três grupamentos geográficos: microrregiões com predomínio de tendência de modernização convencional: as da zona canavieira e Agreste Setentrional; microrregiões com tendência equilibrada entre os dois padrões: São Francisco e Salgueiro, refletindo forte dualidade tecnológica; rnicrorregiões com tendência predominante de desenvolvimento de padrão elementar de tecnificação: microrregiões do Agreste - excetuando-se o Agreste Setentrional - e microrregiões do Sertão. A análise dinâmica também revelou uma estrutura relativa ao desenvolvimento da pecuária melhorada que, grosso modo, continuaria localizada nas mesmas microrregiões, apesar de decorridos 30 anos: as microrregiões da zona canavieira e as do Agreste, e no Sertão, apenas o Vale do Pajeú. De outra parte, considerando-se os dados do Censo de 1995/96, os resultados da análise fatorial estática evidenciaram níveis de modernização mais elevados para as microrregiões homogêneas da zona canavieira. Revelaram, ainda, modernização em partes das antigas microrregiões Agreste Setentrional e Agreste Meridional, respectivamente MRH Médio Capibaribe e MRH Brejo Pernambucano. Através da identificação de uma segunda estrutura na qual a mecanização e assistência técnica se associaram à irrigação, constatou-se elevados escores fatoriais para o Sertão Pernambucano do São Francisco, Mata Seca e Recife. Em síntese, houve tendência generalizada de modernização em todas as microrregiões, porém com mais intensidade nas mais modernizadas. Como resultado, tanto nos anos 1980 quanto nos anos 1990, as principais microrregiões com indícios de modernização mais consistente continuaram a ser as da Zona da Mata, em função de sua principal atividade a cana-de-açúcar, e o Sertão do São Francisco, dado o dinamismo propiciado pelo crescente uso de sistemas irrigados. |