Influência da contaminação com sangue e de diferentes agentes de limpeza na adesão de um sistema autocondicionante aos tecidos dentais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Tachibana, Arlene
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23134/tde-21012009-142856/
Resumo: A presença de lesões de cárie localizadas em áreas de difícil acesso para realização de isolamento absoluto torna a contaminação do campo operatório um fator de grande importância para o sucesso de uma restauração adesiva, apesar da grande variedade de sistemas adesivos de uso simplificado existentes atualmente no mercado odontológico. Os estudos que envolvem contaminação por sangue existentes na literatura expõem diferentes métodos de manipulação do contaminante, quanto a adição ou não de um anticoagulante bem como quanto a possibilidade de armazenamento deste. Este trabalho teve como objetivo avaliar, através do ensaio de microcisalhamento, a metodologia mais adequada para obtenção, manipulação do sangue e a eficiência de diferentes substâncias de uso corrente no consultório odontológico para remoção do contaminante de uma superfície dental. No experimento 1 deste trabalho, 6 dentes foram seccionados ao meio, no sentido do longo eixo e distribuídos em grupos, de acordo com o período de armazenamento do sangue heparinizado (0 hora, 24 horas, 7 dias) utilizado para contaminá-los previamente a aplicação do sistema adesivo autocondicionante de passo único (Clearfill S3 Bond). No expermiento 2, 18 dentes foram seccionados da mesma forma e distribuídos em grupos de acordo com o contaminante utilizado (ausência de contaminante, sangue fresco e sangue heparinizado-este utilizado pelo período máximo de tempo determinado pelo experimento anterior). No experimento 3 deste trabalho, 39 dentes foram seccionados e distribuídos em grupos de acordo com o agente de limpeza utilizado para remoção do contaminante (água oxigenada, Dakin e tergentol). Nesta fase foi avaliada a eficiência dos agentes de limpeza na restauração dos valores de adesão dos tecidos dentais aos valores obtidos em condições sem contaminação. Em todos os experimentos, inicialmente foram realizados os testes em esmalte e em seguida os dentes foram desgastados para realização dos testes em dentina, nas mesmas condições. Após a realização dos testes de microcisalhamento, observamos os tipos de fraturas ocorridas e as médias dos valores de resistência adesiva obtidos por cada metade de dente calculada. Os resultados obtidos nos permitiram concluir que o sangue heparinizado pode ser armazenado para posterior utilização por até 7 dias sem perder suas características de contaminante. A escolha relativa ao tipo de sangue que se deve utilizar - sangue fresco ou sangue heparinizado fica a critério do pesquisador e suas conveniências experimentais. Todas as substâncias testadas como agente de limpeza (líquido de Dakin, Tergentol e água oxigenada) na remoção do contaminante sobre esmalte e dentina foram eficientes para restabelecer os valores de resistência de união do sistema adesivo autocondicionante de passo único. Adicionalmente, a simples aplicação do jato de água sobre a superfície de esmalte e dentina contaminada é suficiente para a recuperação dos valores de resistência adesiva.