Educação e comportamento político. Os retornos políticos decrescentes da escolarização brasileira recente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Schlegel, Rogerio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-14102010-105934/
Resumo: Perspectiva convencional na Ciência Política prevê associação forte entre educação e comportamentos políticos desejáveis para a convivência democrática. Essa abordagem também infere que aumentos no nível de escolaridade de uma nação serão acompanhados por ganhos sustentados em participação e apoio a princípios democráticos, além de impactos na confiança nas instituições. Essas hipóteses foram revistas e testadas para o Brasil, com análise de surveys aplicados entre 1989 e 2006. As evidências encontradas confirmam a perspectiva convencional, observado um só ponto no tempo e ressalvadas dimensões de associativismo. A análise longitudinal, entre as duas pontas do período, revelou retornos declinantes para a escolaridade adicionada por diferentes níveis de instrução, sobretudo o ensino médio. Fatores relativos ao ambiente educacional, às gerações e às capacidades cognitivas foram investigados para compreender esse achado. A capacitação cognitiva do cidadão indicou ter efeito independente da escolaridade na conformação dos comportamentos políticos, sugerindo que é na perda de qualidade da escolarização brasileira recente que devem ser buscadas explicações.