Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Mataram, Leonardo Gava |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-12042021-162628/
|
Resumo: |
A ferrugem-asiática da soja causada por Phakopsora pachyrhizi é a principal e mais agressiva doença da soja no Brasil. Entre as perturbações do ambiente abiótico que afetam pronunciadamente o desenvolvimento da cultura da soja, destaca-se o déficit hídrico. Com o avanço do aquecimento global e as mudanças climáticas decorrentes desse processo, a frequência de fatores bióticos e abióticos estressantes às culturas, bem como a presença conjunta de ambos, tende a mudar. É essencial ao entendimento do patossistema a realização de estudos que concatenem a interferência de fatores abióticos adversos, como o déficit hídrico, e seu efeito na infecção por P. pachyrhizi, bem como o valor fisiológico e epidemiológico dessa interação. O presente trabalho teve como objetivo descrever o efeito da limitação hídrica na dinâmica de desenvolvimento da ferrugem-asiática da soja e a interferência combinada de ambos sobre a planta no ambiente pós infecção. Para tal fim, plantas de soja inoculadas com o patógeno, bem como plantas controle sadias, foram cultivadas sob limitação hídrica e em regime normal de disponibilidade de água. Foram avaliados os componentes monocíclicos e a eficiência de trocas gasosas. Não houve variação dos períodos de latência e incubação, tampouco da taxa de progresso da frequência de infecção (uredínias/cm2) para as condições testadas. A severidade da doença foi significativamente superior para as plantas em estado de limitação hídrica. Os parâmetros assimilação líquida de CO2, condutância estomática e taxa de transpiração foram reduzidos tanto pela limitação hídrica como por ação do patógeno, entretanto não houve efeito aditivo dos estresses. A taxa fotossintética relativa (Px/Po) apresentou tendência de decréscimo linear para ambas condições, ao passo que a severidade da doença evoluiu exponencialmente para as plantas em limitação hídrica. Assim, a alteração descrita para o padrão da dinâmica de desenvolvimento de P. pachyrhizi em condições de limitação hídrica lança uma luz à conjuntura à qual pesquisadores e produtores devem atentar-se para o manejo da doença em regiões que podem ter seu regime hídrico alterado em um futuro próximo, devido ao cenário de mudanças climáticas vigentes, evitando assim a ocorrência de danos financeiros e sociais decorrentes da atividade do patógeno. |