Alterações Genéticas e Epigenéticas dos Genes do Complexo de Destruição de β-Catenina e Perfil Transcricional dos Componentes da Via de Sinalização Wnt no Câncer de Mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Aristizábal Pachón, Andrés Felipe
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
APC
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17135/tde-28072015-100134/
Resumo: O câncer de mama é a neoplasia responsável pelo maior número de mortes em mulheres no Brasil, portanto, é importante encontrar novos marcadores específicos e de diagnóstico precoce, utilizando procedimentos simples e rápidos. A via de sinalização Wnt regula importantes funções celulares como proliferação, sobrevida e adesão. Esta via está associada com os processos de iniciação e progressão em muitos tipos tumorais, como câncer de cólon familiar, melanoma e pulmão; sendo que mutações em β-Catenina (CTNNb1) explicam só 30% dos casos de sinalização aberrante encontrada no câncer de mama, indicando que existem outros componentes e/ou reguladores da via que possam estar envolvidos. O objetivo deste trabalho foi avaliar as variantes genéticas e epigenéticas nos genes do complexo de degradação de β-Catenina num grupo de pacientes com câncer de mama e num grupo controle; e determinar os perfis de transcrição dos componentes da via de sinalização Wnt e da molécula de expressão exclusiva do epitélio mamário, a Mamaglobina Humana (MGA), assim como associar estes resultados com as características clínicas, histológicas e patológicas do tumor. Para atingir este objetivo foram coletadas amostras de sangue periférico de 102 mulheres com câncer de mama e 102 mulheres sadias como grupo controle. A avaliação das variantes rs465899 do gene APC, rs2240308 e rs151279728 do gene AXIN2, rs5030625 do gene CDH1 e rs334558 do gene GSK3, foi realizada por meio de PCR-RFLPs e sequenciamento, a análise dos perfis de metilação dos promotores pela MS-PCR. A RT-qPCR foi usada para determinar os níveis de expressão dos componentes da via e a MGA. As variantes rs2240308 e rs151279728 do gene AXIN2 mostraram uma forte associação com o risco de desenvolver o câncer de mama. Um aumento significativo foi observado no nível de expressão de AXIN2 no grupo de mulheres com câncer de mama. Análises adicionais mostraram perfis de expressão diferencial dos genes APC, AXIN2, CTNNB1, GSK3 e CSNK1A1 associado ao status dos receptores hormonais e histogênese tumoral. MGA foi identificado exclusivamente em 38% dos pacientes com câncer de mama e foi associada com a progressão da doença. Este é o primeiro estudo que relaciona uma variante do gene AXIN2 com o câncer de mama na população brasileira. As variantes avaliadas do gene AXIN2 são marcadores promissores de susceptibilidade ao câncer de mama na população estudada, sendo importante, a avaliação desta variante genética na população e determinar o seu real efeito no processo de iniciação e/ou progressão do câncer de mama.