Jardins: como construir espaços que favoreçam a educação ambiental no ambiente escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Elisabeth Eduardo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18160/tde-07082020-182817/
Resumo: Este trabalho buscou investigar como construir um espaço no ambiente escolar que pudesse estimular o estudo das interações entre os seres vivos. Assim, concentrou esforços na construção e uso de jardins, analisando o potencial para despertar o interesse pelo estudo dos ecossistemas e temas das Ciências Ambientais. Portanto, essa pesquisa traz, como premissa, discussões sobre o uso de jardins para a promoção de atividades ambientais na educação infantil, a partir das seguintes questões: De que maneira espaços como jardins podem favorecer trabalhos com a Educação Ambiental em escolas? Quais conhecimentos e recursos são necessários para a organização de um jardim em uma unidade escolar? De que modo um manual sobre jardinagem, contendo atividades, contribui para a prática pedagógica em Educação Ambiental? Esse trabalho partiu da hipótese de que a interação direta dos alunos com plantas e insetos que habitam o jardim pode contribuir para a construção de atitudes ambientais conscientes. Além disso, valorizou a produção de um material didático, no formato de manual para construção de jardins e desenvolvimento de atividades didáticas nesses espaços, intitulado Jardim de Mel, para que professores pudessem consultar e tivessem em mãos um material que favorecesse a incorporação dessa atividade, ou seja, construção e uso de jardins, em suas práticas de ensino. Para coleta de dados utilizou-se os seguintes procedimentos: análise documental, observação participante com registro em diário de bordo e questionário para professores. A pesquisa foi desenvolvida a partir da identificação de espaços, organizados enquanto jardins, e atividades educativas na escola. A análise documental realizada no Projeto Político-Pedagógico da escola apontou não existir nenhum projeto ou ação na unidade escolar voltados para a inserção e/ou desenvolvimento da Educação Ambiental. A organização do manual didático considerou os resultados das experiências de plantio e manutenção realizados pelos alunos e professoras no jardim construído na escola, além dos planejamentos coletivos para a sua implantação e pesquisas utilizadas como embasamento teórico para seleção das informações sobre jardinagem e a criação de atividades pedagógicas nele contidas. O material que constituiu o produto final desta dissertação destina-se ao trabalho para educação e conscientização ecológica, bem como para discussões sobre a conservação ambiental e demonstra que espaços como jardins favorecem os trabalhos com Educação Ambiental em ambientes escolares na medida em que as crianças se desenvolvem coletivamente e vivenciam sensações, aprendem a partir da descoberta e da curiosidade e, em atividades em jardins, são levadas a sentirem-se pertencentes e protagonistas, se sentindo, assim, apropriadas do conhecimento mediado pelas vivências oferecidas.