Participação da via HO-CO em áreas encefálicas do sistema límbico na modulação da dor: recrutamento de receptores µ e δ opióides, fatores de transcrição, neurotróficos e oxidativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cazuza, Rafael Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-15022021-165403/
Resumo: O monóxido de carbono (CO) modula a dor inflamatória, atuando no sistema nervoso periférico e central, podendo interagir com o óxido nítrico (NO) e outras vias fisiológicas. Seus mecanismos podem modular o estresse oxidativo, fatores neurotróficos, mediadores neuroinflamatórios e receptores opioides. Apesar das evidências na modulação da nocicepção, pouco se sabe sobre os efeitos no componente aversivo-motivacional da dor. Este trabalho avaliou, em camundongos tratados com CORM-2 (liberador de CO) ou CoPP (indutor da enzima heme-oxigenase), a expressão de receptores opioides (µ e δ), mecanismos oxidativos, neurotróficos e fatores transcricionais em áreas hipocampais e outras áreas encefálicas associadas à modulação do componente emocional em modelo de inflamação persistente induzida por CFA. No protocolo 1 avaliou-se sensibilidade mecânica (von Frey), a aversividade à dor (teste fuga/esquiva), a expressão de receptores opioides e enzimas sintetizadoras de NO no hipocampo dorsal (HD) em camundongos C57/BL6 selvagem (WT) e nocautes para enzima óxido-nítrico sintase 2 (NOS2-KO). O protocolo 2 avaliou a expressão da enzima heme oxigenase 1 (HO-1), NOS2, fosfatidilinositol-3-quinase (PI3K), proteína cinase B (AKT), proteína cinase ativada por mitógenos/MAPK (c-Jun N-terminal/ JNK, ERK 1/2), NAD(P)H, quinona oxidoredutase-1 (NQO1), fator neurotrófico derivado do encéfalo (BDNF) e proteína apoptótica relacionada ao BCL-2 (BAX) na amígdala, substância cinzenta periaquedutal (SCP), hipocampo ventral (HPV) e área septal medial (SM) em camundongos WT. A inflamação persistente promoveu comportamentos prónociceptivos e aumentou a aversão à dor. O tratamento com CORM-2 ou CoPP promoveu efeito antinociceptivo, anti-aversivo, foi bloqueado pelo naloxone, e aumentou a expressão de receptores opioides no HD em camundongos WT, mas não em NOS2-KO, os quais por sua vez não apresentaram comportamento de aversão à dor. Além disso, a inflamação persistente foi capaz de alterar as vias de PI3k-AKT, p-ERK, BDNF e BAX nas áreas analisadas. O tratamento com CoPP e CORM-2 reverteu esses efeitos, sugerindo efeito dessa via na modulação da aversividade à dor, provavelmente por meio da modulação de fatores neuroprotetores, antioxidantes e da ativação de receptores opioides.