Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Moretto, Maurício |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17143/tde-06062017-160210/
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Resumo: |
A Antropologia Forense atua em análises dos mais diversos aspectos do ser humano aplicadas no interesse da Justiça. Na prática, atua na análise de restos humanos totalmente ou parcialmente esqueletizados no contexto de uma investigação, visando auxiliar ou até mesmo fornecer a identificação de cadáveres desconhecidos. Um dos poucos centros da especialidade no Brasil, o CEMEL baseia suas análises num protocolo de tomada de decisões, chamado LAF/CEMEL, elaborado desde 2005, que vem dando bons resultados, com níveis de identificação de ossadas na faixa de 38%. O protocolo é baseado em método de tabelas de decisões, analisando aspectos da anatomia óssea que permitam a classificação em sexo, ancestralidade, idade, estatura, dominância (destro/sinistro). No que tange à definição de sexo, baseia-se em informações de detalhes anatômicos principalmente da pelve, crânio e mandíbula. Elaborado em conjunto com pesquisadores da University of Sheffield (UK), no início se baseou em comparações com populações definidas, não miscigenadas: caucasiana, africana ou indígena/oriental. Porém, devido à miscigenação intensa da população brasileira, o protocolo LAF/CEMEL teve que ser adaptado, visando a melhora dos resultados. Da mesma forma, o que se tem atualmente em questão de análises antropométricas são dados da literatura mundial, na maioria das vezes estabelecidos para populações homogêneas com ancestralidade definida. Também nesse caso, há que se levar em conta a miscigenação, e até que ponto o método é eficaz ou, em associação com o protocolo atual, poderia torná-lo mais eficaz. Neste estudo foi proposta a avaliação de eficiência e eficácia do método antropométrico do triângulo do processo mastoide (porion, asterion e mastoidale) para estimativa de sexo, como descrito nos trabalhos de Kemkes e Göbel (2006) e Paiva e Segre (2003. Foram selecionados 74 crânios de ossadas sob a guarda do CEMEL/FMRP-USP. Destes, 28 foram excluídos por impossibilidade de execução do método antropométrico. Os 46 crânios restantes foram analisados, na forma de estudo cego, por três vezes pela antropometria e os resultados comparados entre si, assim como ao método do Protocolo LAF/CEMEL baseado em tomada de decisão. Os resultados demonstraram que, além do alto número de exclusões por impossibilidade de execução e da necessidade de refinamento técnico para evitar erros intraobservador, com imprecisão de até 16,9% e inexatidão de 67,4%, as somatórias das áreas obtidas contrastaram com os valores encontrados por Paiva e Segre (2003) em 60,9% dos casos. Conclui-se que, com o passar do tempo e refinamento técnico, o método antropométrico torna-se mais eficiente no que diz respeito à diminuição de erros do observador. Por outro lado, mostra-se ineficaz em estimar o sexo dos crânios analisados em amostra heterogênea (de população miscigenada), indicando o método de tomada de decisão como mais adequado. |