Orgia de exceção: um esboço do projeto literário de Reinaldo Moraes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Marques Filho, José Virginio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-11122015-133152/
Resumo: Em agosto de 1985, mesmo ano da publicação de Abacaxi, Reinaldo Moraes escreveu uma autocrítica capciosa sobre o seu segundo romance. Disfarçado com um pseudônimo, o autor matreiramente elevava sua obra como legítima representante do legado machadiano. Apesar do tom brincalhão e da ironia motora do texto que são traços estilísticos do escritor , a farsa do artigo pode ser lida no pormenor como um esboço de projeto literário. A questão central de tal esboço parece ser a procura de uma estratégia narrativa capaz de dar conta minimamente do contexto em que está inserida. O objetivo desta dissertação é descrever o caminho do dispositivo literário perseguido pelo autor desde o seu primeiro romance, Tanto faz (1981), e que se desdobra numa espécie de continuidade cindida em Abacaxi (1985), até encontrar o prumo e a régua na confecção de Pornopopeia (2009). No vértice histórico de vinte oito anos, que ata a produção das obras, está a gestação do horizonte de expectativas reduzidas, possível de ser apreendido na dinâmica interna dos romances. Os narradores de Reinaldo Moraes estão em fuga; e figuram sempre o encontro do impasse.