Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Assis, Vania Regina de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-14012016-151309/
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Resumo: |
Glicocorticóides modulam a resposta imune de forma complexa em vertebrados expostos a diferentes estressores. Dado que as populações naturais têm estado expostas a uma multiplicidade de estressores, uma melhor compreensão da associação funcional entre a duração e a intensidade da resposta ao estresse, as mudanças resultantes nos níveis dos hormônios esteróides e seu impacto sobre os diferentes aspectos da imunocompetência emergem como um ponto chave para as estratégias de conservação dos vertebrados. Nós investigamos as relações entre os níveis plasmáticos de hormônios esteróides e a imunocompetência inata em anfíbios anuros, incorporando as metodologias de desafio de contenção, elevação experimental dos níveis de corticosterona por aplicação transdérmica, capacidade bactericida por espectrofotometria e o desafio imunológico com fitohemaglutinina. Nossos resultados demonstram que a capacidade bactericida plasmática (CBP) medida por espectrofotometria é um método confiável e preciso para estimar a imunocompetência de anfíbios anuros, além disso, mostramos a existência de uma grande diversidade interespecífica na CBP de anuros machos. Quando quatro diferentes espécies de Bufonídeos foram submetidas a um desafio de contenção, as respostas gerais incluíram aumento dos níveis plasmáticos de corticosterona (CORT) e da relação neutrófilo/linfócito (N:L) e diminuição dos níveis plasmáticos de testosterona (T). As respostas da CBP à contenção foram muito mais variáveis, com R. ictérica mostrando diminuição e R. marina mostrando aumento dos valores de CBP. Adicionalmente, CORT e N:L tenderam a aumentar mais em resposta à contenção com restrição de movimento do que à contenção sem restrição de movimento, indicando que os sapos demostraram um aumento da resposta ao estresse quando submetidos ao estressor mais intenso. Todas as variáveis estudadas mostraram variação interespecífica. Rhinella ornata apresentou os maiores níveis basais de CORT quando comparado com as outras espécies, enquanto R. ornata e R. ictérica mostraram os maiores valores basais de CBP. Entretanto, as mudanças na relação N:L, nos níveis de T e na CBP, não foram correlacionadas com o aumento em CORT, dentro ou entre espécies. A aplicação transdérmica de corticosterona eficientemente simulou eventos repetidos de resposta ao estresse agudo em Rhinella ictérica, sem alterar os parâmetros imunitários, mesmo após treze dias de tratamento. Curiosamente, o cativeiro a longo prazo não atenuou a resposta ao estresse, uma vez que estes sapos mantiveram um aumento de três vezes em CORT mesmo depois de três meses sob estas mesmas condições. Além disso, a manutenção em cativeiro a longo prazo, nas mesmas condições, aumentou a contagem total de leucócitos (TLC) e gerou uma diminuição ainda maior na CBP, sugerindo que as consequências da resposta ao estresse podem ser agravadas pelo tempo em cativeiro. Com base em nossos resultados, consideramos que uma avaliação cuidadosa é necessária para compreender a modulação da resposta imunitária pelo estresse a nível intra e interespecífico. A inclusão de diferentes segmentos da resposta imune é desejável, e a padronização da coleta de dados para todas as espécies sob o mesmo período (em geral, dentro ou fora da época reprodutiva) e mesma atividade (em geral, vocalizando ou forrageando) se faz obrigatória |