Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lopes Junior, Claudinei |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27164/tde-01112023-160404/
|
Resumo: |
Esta dissertação tem como objetivo empírico analisar os enunciados discursivos verbo-visuais das protagonistas femininas da narrativa da série Coisa Mais Linda (Netflix, 2019, 2020), procurando avaliar as representações identitárias dessas personagens sob a luz de uma perspectiva interseccional. Com base em uma perspectiva interdisciplinar faz uso de fundamentos teóricos que transitam pela Comunicação, Estudos da Linguagem, Estudos de Televisão, Estudos de Gênero e sob uma abordagem calcada na interseccionalidade, a pesquisa realiza um estudo de caso que analisa a produção de sentidos das representações discursivas das protagonistas femininas da série. Em termos de procedimentos metodológicos, adaptamos o Método de Análise de Imagens em Movimento (ROSE, 2015) para análise dos episódios das duas temporadas da série, estabelecendo correlações entre o discurso verbo-visual das protagonistas e a produção de sentido, tendo como base categorizações oriundas da perspectiva interseccional dos estudos de gênero (BASSANEZI, 2004; CRENSHAW,1991, 2002; COLLINS; BILGE, 2021; hooks, 1991, 1992, 1995, 2013, 2019, 2020). Realizaram-se duas etapas de análises: em um primeiro momento, mensuramos o tempo de tela e a quantidade de cenas de cada protagonista para discutir, sob um ponto de vista interseccional, implicações sobre o protagonismo feminino múltiplo; para, em seguida, numa mirada interseccional também, analisarmos os indicadores sócio-identitários presentes nos discursos da série envolvendo as protagonistas. Como resultados, destacamos que o protagonismo múltiplo é centrado quantitativamente em uma das protagonistas, porém, quando levamos em conta aspectos verbais e visuais, todas as personagens do protagonismo múltiplo ganham relevância no desenvolvimento da narrativa. Quanto à interseccionalidade representacional de Coisa Mais Linda, é possível observar que predominantemente a categoria gênero é acionada nos arcos narrativos das protagonistas, destacar a falta da articulação de outras categorias dos marcadores sócio-identitários e realçar que a representação de personagens com identidades interseccionais seria um avanço concreto de representatividade na promessa de diversidade em ficções seriadas idealizadas pela TV distribuída pela internet. |