Os conteúdos de ensino prescritos nas disciplinas integradoras de alguns cursos de licenciatura em química

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ornellas, Janaína Farias de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PCK
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81132/tde-24112016-154450/
Resumo: O presente trabalho tem como objeto de estudo os conteúdos das disciplinas integradoras de alguns cursos presenciais de Licenciatura em Química das Instituições de Ensino Superior do país (IES). Essas disciplinas são denominadas assim, pois integram os conhecimentos específicos de química e também os conhecimentos pedagógicos. Desta forma, nossa investigação centra-se em mapear os conteúdos que são considerados para formar professores a partir do que é prescrito nos currículos de alguns cursos presenciais de Licenciatura em Química. No intuito de lograr tal objetivo desenvolvemos uma pesquisa documental de abordagem qualitativa em que os documentos que compõem nosso corpus incluem: as ementas das disciplinas integradoras, os Projetos Políticos Pedagógicos ou Planos do Curso e, até mesmo algumas matrizes curriculares que apresentavam as informações sobre as disciplinas de interesse. Tais documentos foram obtidos por meio do levantamento das Instituições de Ensino Superior de cada região do país que mais oferecem cursos presenciais de Licenciatura em Química. Nosso aporte teórico fundamenta-se nas ideias de Michael Young, pois, compreendemos que ao mapear os conteúdos de Ensino de Química estamos olhando para o objeto de estudo do currículo, e além disso, estamos identificando o conhecimento poderoso que as IES consideram para formar professores de química. Para isso, optamos pela análise de conteúdo na perspectiva indutiva em que os dados são o ponto de partida para construir as categorias. Como ferramenta de apoio para organização dos dados usamos o software ATLAS.ti que, por meio de interpretação nos permitiu organizar e criar um sistema de categorias. Ao todo, obtivemos 38 conteúdos que foram agrupados semanticamente resultando em sete famílias: natureza da ciência, profissão docente, estratégias, recursos didáticos, currículo, função do ensino e teorias/abordagens. Cada família agrupa um determinado conjunto de subcategorias que são os nossos conteúdos extraídos dos documentos analisados. Podemos dizer que as disciplinas investigadas apontam que os conteúdos mais prescritos estão relacionados às famílias estratégias com destaque para o conteúdo organização/gestão e para a família currículo o destaque é para o conteúdo documentos oficiais. Entretanto, os conteúdos mapeados nas disciplinas integradoras neste trabalho não podem ser chamados de conhecimento poderoso para o professor de Química, pois eles não se voltam aos conteúdos do ensino de Química mas sim especificam conteúdos voltados à didática geral. Apesar de serem consideradas disciplinas integradoras percebemos que suas ementas deixam em segundo plano a questão do conteúdo de Química voltado para a Escola Básica e, assim, dificultam o trabalho do professor formador que atua nessas disciplinas. Acreditamos que esses resultados possam contribuir para uma reflexão necessária sobre o direcionamento dos currículos dos cursos de Licenciatura em Química, em especial no que concerne as ementas de disciplinas integradoras.