Perfil do egresso e avaliação do programa de residência médica em ortopedia e traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Ribeiro, Bruno Adona
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Educação médica; Medical education; Medical residency; Orthopedics; Ortopedia; Residência médica; Traumatologia; Traumatology
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17165/tde-04102021-162711/

Estudo observacional, transversal e descritivo que buscou caracterizar o perfil dos egressos do Programa de Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia (PRMOT) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HC-FMRP-USP) e coletar dados sobre características do programa de ensino para orientar ações de aperfeiçoamento. A população do estudo foi constituída por 418 indivíduos que finalizaram suas atividades entre 1964 e 2020 e inclui os médicos egressos do PRMOT do HC-FMRP-USP, bem como aqueles que concluíram os programas de complementação especializada e Residência Médica em Cirurgia da Mão, Membro Superior e Microcirurgia (RMCMMC) lotados no mesmo departamento. Os dados foram coletados através de um questionário eletrônico. Foram localizados 302 egressos (73,6% da população do estudo) e recebemos 214 respostas que correspondem a 70,8% dos contatos atingidos ou 52,2% do total de egressos. A análise dos dados foi baseada nessas respostas. A maioria da amostra é constituída por homens,198 (92,5%), que moram no estado de São Paulo, 154 (71,9%). Fizeram algum tipo de complementação especializada ou nova residência médica na área 184 (86%) entrevistados. As duas subespecialidades mais prevalentes foram Cirurgia do Joelho, 63 (34,2%) e Cirurgia da Mão, 49 (26,6%). A pós-graduação fez parte da formação acadêmica de 87 pessoas (40,6%), o trabalho com pesquisa é realizado por 79 egressos (36,9%), majoritariamente em universidades públicas (81%) e 130 (60,7%) já haviam trabalhado com ensino médico, seja como preceptor ou docente, tanto para a graduação quanto para a residência médica. Notamos que a maioria, 152 (71%), realmente atua com a respectiva subespecialidade, mas grande parte dos egressos trabalha também com traumatologia (34,1%) e ortopedia geral (31,8%). Na avaliação do sistema de ensino do programa e do grau de satisfação profissional os aspectos que se destacaram pela boa avaliação entre os entrevistados foram: o número de atendimentos e variabilidade dos casos, capacitação para atendimento em nível terciário e secundário e o preparo para o mercado de trabalho. A remuneração mensal, a carga horária de aulas teóricas e de realização de procedimentos cirúrgicos foi considerada insuficiente, sendo esses aspectos os com pior avaliação nas respostas objetivas e subjetivas. É possível afirmar que o estudo conseguiu traçar o perfil do egresso, determinou os principais pontos fortes do PRMOT do HC-FMRP-USP e ainda trouxe alertas para pontos que foram alvos de críticas.