Conhecimentos e Comportamentos dos profissionais de saúde sobre precauções padrão e específicas: uma intervenção educativa na prática da atenção primária à saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Seki, Keila Kiyomi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7144/tde-27042018-100540/
Resumo: Introdução: Visando a prevenção da transmissão de microrganismos, o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), recomenda a aplicação de conjuntos de medidas denominadas Precauções Padrão (PP) e Precauções Específicas (PE). Assim, um dos grandes desafios dos serviços de saúde em especial na Atenção Primária à Saúde (APS) é identificar as lacunas dos conhecimentos e comportamentos concernentes a PP e PE. Objetivo: Avaliar os conhecimentos e o comportamento autoreferidos dos profissionais de saúde da APS sobre PP e PE e propor uma intervenção educativa baseada em casos. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal, prospectivo e de intervenção, desenvolvido por meio de uma abordagem quantitativa, cujo percurso metodológico ocorreu em seis momentos. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de um questionário previamente validado de avaliação de conhecimento dos profissionais com relação à PP e PE e de avaliação de comportamento auto-referido sobre boas práticas de precauções. O questionário abordou as seguintes dimensões relativas ao conhecimento e comportamento sobre PP e PE: Identificação de risco, Higienização das mãos, Uso de luvas comum, Uso de máscaras e a etiqueta de tosse e Medicação segura e descarte de material perfurocortante. Realizou-se uma intervenção educativa, por meio do método de Aprendizagem Baseada em Casos (ABC) no qual foram entregues estudos de casos extraídos da vivência prática do pesquisador. O questionário foi aplicado pré e pós esta intervenção. A coleta de dados foi realizada em uma Unidade Básica de Saúde do município de São Paulo, tendo como população alvo profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) que atuavam diretamente na assistência. Os dados foram analisados de acordo com cada momento, por meio de estatística descritiva e apresentada em forma de gráficos e tabelas. Resultado: A análise dos dados nos permitiu identificar que os profissionais de saúde da APS apresentaram fragilidade em relação ao conhecimento e ao comportamento auto referido sobre o uso da PP e PE. Os valores de acertos individuais variaram, respectivamente: de 36,3% a 100% no momento I e de 50% a 100% no momento IV. A intervenção educativa obteve resultados positivos, embora não tenha sido plenamente eficaz por não ter conseguido atingir mudanças relevantes em todas as dimensões avaliadas. O número de questões que obtiveram menos de 70% de profissionais que acertaram foi respectivamente 15 no momento I e 10 no momento IV. Contudo, este modelo de intervenção educativa pode ser considerada uma importante ferramenta para promover reflexão e oportunidade de aprendizagem a todos os trabalhadores da área de saúde, tornando-os críticos de suas próprias atitudes e fornecendo instrumento para combater situações de risco para aquisição de patógenos nas unidades de saúde. Conclusão: O presente estudo trouxe contribuições importantes para o conhecimento sobre o tema dentro da APS, destacando as deficiências de conhecimento e comportamento autoreferido dos profissionais na APS e propondo uma intervenção educativa que contribui potencialmente para mudança neste cenário.